Um grupo de jornalistas sediado em Coimbra criou a Propress – Associação Portuguesa de Jornalistas, com o objetivo de dar voz à classe e proteger a profissão face às dificuldades e ameaças crescentes que enfrenta. Esta iniciativa, liderada por João Bizarro, visa reforçar o jornalismo como pilar essencial da democracia, pautando-se por valores como a inovação, a independência e a liberdade.
Uma resposta às dificuldades da classe
A Propress foi oficialmente registada a 24 de outubro e conta com uma direção eleita esta semana. De acordo com João Bizarro, jornalista com 45 anos de carreira, a associação nasce para responder aos desafios do setor e valorizar o papel dos jornalistas. “É urgente cuidar melhor dos profissionais, identificar os caminhos necessários e enfrentar a grave crise que afeta o jornalismo em Portugal”, afirmou.
Embora tenha surgido em Coimbra, a associação declara-se nacional, com uma estrutura não elitista, descentralizada e aberta a todos os jornalistas do país.
Ações concretas para inovar e proteger a profissão
A Propress propõe-se a realizar ações de formação, estudos, debates, iniciativas públicas e projetos de investigação. A associação aposta, sobretudo, na adaptação aos novos meios de comunicação digital, integrando jornalistas e estudantes da área para desenvolver novas formas de mediação e validação da informação.
“Num contexto em que os meios de comunicar evoluíram, o jornalismo é mais necessário do que nunca para garantir informação fiável”, sublinhou João Bizarro.
Uma associação independente, mas interventiva
A Propress diferencia-se das entidades sindicais ou reguladoras, mantendo-se como uma associação profissional que não intervém na certificação ou regulação da atividade. Contudo, pretende emitir pareceres fundamentados sobre as condições de trabalho e os processos que envolvem o exercício da profissão, sempre com uma postura construtiva.
“Queremos que as críticas sejam acompanhadas por propostas concretas que contribuam para um jornalismo mais forte e sustentável”, destacou o presidente.
Estrutura da Propress
A direção da associação inclui Bruno Gonçalves como secretário, Horácio Antunes como tesoureiro e Cláudio Calhau, Carlos Sousa e António Crespo como vogais. Miguel Ângelo Marques lidera a mesa da assembleia geral, acompanhado por Paulo Marques e João Agante como secretários. O conselho fiscal é presidido por Casimiro Simões, tendo Ana Engenheiro e Mário Freire como vogais.
A Propress afirma-se como um espaço de inovação, apoio e defesa do jornalismo, num momento em que o setor enfrenta desafios sem precedentes.
