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PS e Chega Criticam a Indicação de Ricardo Reis para Vice-Presidência da AMT no Parlamento

Na audição desta quarta-feira na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, o Governo foi alvo de críticas por parte do PS e do Chega, relativamente à escolha de Ricardo Reis para o cargo de vice-presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Enquanto PSD e CDS elogiaram o currículo de Ricardo Reis, destacando a sua experiência em gestão e o parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), os socialistas e o Chega apontaram a falta de experiência no setor da mobilidade e dos transportes como uma fragilidade preocupante para o desempenho do cargo.

Ricardo Reis, indigitado para o cargo, demonstrou confiança ao afirmar que se sentirá “confortável no desconforto” que será assumir a posição de vice-presidente da AMT. Esta declaração foi dada em resposta ao deputado socialista Ricardo Costa, que questionou a adequação de sua experiência à função. O PS expressou reservas quanto à ausência de conhecimento técnico específico de Reis sobre o setor e questionou a sua visão estratégica para enfrentar os desafios da mobilidade e transportes em Portugal.

O deputado socialista destacou ainda que a escolha do Governo para um cargo tão relevante na Administração Pública carecia de uma demonstração concreta de experiência ou opinião sobre os problemas que afetam o setor. Ricardo Costa sublinhou a falta de um posicionamento claro sobre a sustentabilidade e as necessidades dos cidadãos e territórios no âmbito da mobilidade.

Por outro lado, Ricardo Reis defendeu que o cargo lhe oferece uma oportunidade de contribuição para a transformação do setor, salientando a sua experiência em parcerias público-privadas, finanças e gestão de riscos, áreas que considera fundamentais para a regulação da mobilidade e dos transportes. O indigitado revelou também o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e financeira, apontando estas áreas como centrais na sua visão do setor.

Do lado do PSD, o deputado João Vale e Azevedo fez questão de ressaltar a vasta experiência de Ricardo Reis em gestão e a avaliação positiva recebida da CReSAP, que considerou “não deixar qualquer dúvida” quanto à sua capacidade para desempenhar o cargo de vice-presidente da AMT. Contudo, o Chega, representado por Filipe Melo, foi mais incisivo nas críticas, afirmando que o currículo de Ricardo Reis não se adequa à função e anunciando que o grupo parlamentar não viabilizará a sua nomeação. O Chega ainda levantou a hipótese de a escolha ser um “prémio” por favoráveis sondagens da Universidade Católica, uma alegação que Ricardo Reis refutou, lembrando que as previsões feitas antes das eleições europeias não se concretizaram.

A audição terminou com a intervenção do deputado Paulo Núncio, do CDS-PP, que, apesar de não ter estado presente, justificou a sua ausência com a participação na Conferência de Líderes, e reafirmou a confiança do seu partido na adequação de Ricardo Reis para o cargo. Agora, a comissão parlamentar deverá elaborar um parecer sobre a nomeação, que será redigido pelo Chega, com a previsão de uma pronúncia final na próxima semana.

A AMT, entidade responsável por regular e fiscalizar os setores da mobilidade e dos transportes, enfrenta desafios significativos na supervisão das infraestruturas terrestres, fluviais, ferroviárias e portuárias. O cargo de vice-presidente é visto como uma função crucial para garantir o desenvolvimento sustentável e eficiente do setor, sendo este um tema central da atual discussão parlamentar.

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