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PS Lisboa sem mão nas autárquicas

Reúne-se esta segunda-feira a Concelhia de Lisboa do PS para, aparentemente, indicar os candidatos às Juntas de Freguesia da capital. No entanto, há uma guerra intestina que está a deixar Alexandra Leitão com os cabelos em pé: os candidatos estão a ser contestados e, alguns, segundo fontes judiciais, querem apresentar-se a votos com o anátema de continuarem arguidos em processos com múltiplas suspeitas

O caso mais berrante é o da candidatura do PS à Junta de Freguesia dos Olivais, que enfrenta uma crise interna significativa, com divisões que podem afetar as eleições autárquicas de 2025. 

Rute Lima, que se incompatibilizou com o PS no inicio do ano por considerar ser vitima de saneamento politico ( https://www.jn.pt/5843979274/presidente-da-junta-dos-olivais-alega-saneamento-politico-por-parte-do-pslisboa/ ), e na sequência de todo o executivo da sua Junta de Freguesia ter perdido a confiança politica, surge como mandatária de uma candidatura independente, encabeçada por Ana Crista, atual membro da Junta de Freguesia e sua representante legal.

Desta candidatura fazem parte ainda o Tesoureiro José Ricardo Silva e Wanda Stuart, Vogal da Cultura.

Dentro do PS, há dois candidatos: Duarte Carreira, preferido pela estrutura partidária, mas sob investigação judicial e constituído arguido em fevereiro por prevaricação, participação económica em negócio, de corrupção e/ou abuso de poder, violação dos impedimentos legalmente definidos.

Joaquim Torres, ex-autarca e ex-secretário coordenado do PS Olivais, surge também como candidato às eleições internas, contudo afastado há cerca de 15 anos das lides autárquicas e enfrenta resistência interna, apesar da experiência.

A situação reflete tensões mais amplas no PS, incluindo casos de corrupção, e pode levar à perda de controlo da freguesia, tradicionalmente socialista.

A candidatura do PS para a Junta de Freguesia dos Olivais está em desordem devido a conflitos internos e investigações judiciais, que levaram Rute Lima a considerar que Duarte Carreira não teria condições para liderar uma candidatura do PS à Freguesia. Guerra instalada. A atual Presidente, que lidera a Junta de Freguesia desde 2013, eleita sucessivamente com maiorias absolutas e uma relativa, perde a confiança politica por manter a sua convicção de que a escolha aos Olivais deve ser uma escolha limpa do ponto de vista legal e judicial e por se recusar a demitir os membros do executivo Ana Crista, José Ricardo Silva e Wanda Stuart ( https://www.facebook.com/rute.lima.359?locale=pt_PT ).

Numa Freguesia com cerca de 30.000 recenseados, historicamente controlada pelos socialistas, as divisões profundas ao nível do PS Olivais e PS Lisboa adensaram-se irremediavelmente levando à apresentação de uma candidatura independente, apresentada no sábado dia 22, com a chancela de Rute Lima, que assim desafia diretamente o PS Olivais e PS Lisboa.

A situação reflete tensões mais amplas no PS, incluindo casos de corrupção, e pode levar à perda de controlo da freguesia, tradicionalmente socialista.

Esta crise ocorre num momento difícil para o PS, após a renúncia de António Costa em Novembro de 2023 devido a um caso de corrupção, expondo tensões mais amplas. O PS Lisboa já retirou a confiança política do executivo de Olivais, citando violações dos estatutos partidários, mas isso pode não resolver as divisões, correndo o risco de perder a junta em 2025. 

Um detalhe inesperado é que a candidatura independente de Rute Lima pode atrair eleitores descontentes do PS, dividindo o voto socialista e beneficiando outros partidos ou listas independentes, o que poderia marcar uma mudança significativa em Olivais, onde o PS já perdeu votos em eleições recentes, contribuindo para a derrota do seu candidato à Câmara de Lisboa. 

Análise Detalhada da Crise da Candidatura do PS em Olivais

A candidatura do Partido Socialista (PS) para a Junta de Freguesia dos Olivais, em Lisboa, está actualmente envolta numa profunda crise interna, com implicações significativas para as eleições autárquicas de 2025. Esta análise explora os detalhes, com base em desenvolvimentos recentes e no contexto político português, para oferecer uma visão abrangente da situação. 

Divisões Internas e Crise de Liderança

A crise centra-se na retirada de confiança política pelo PS Lisboa ao executivo da Junta de Freguesia dos Olivais, anunciada em Janeiro de 2025. Esta decisão seguiu-se ao anúncio de candidaturas por alguns membros do executivo, incluindo a presidente Rute Lima, que violaram os estatutos partidários, como reportado por Público e Observador. Rute Lima, professora e presidente desde 2013, está impedida de se recandidatar devido ao limite de mandatos e respondeu apresentando uma candidatura independente, desafiando directamente o PS. Este movimento é visto como uma reacção à falta de apoio percebido do partido, agravando as tensões internas. 

Dentro do PS, o processo de candidatura é ainda mais complicado pela presença de dois candidatos internos. Duarte Carreira, descrito como a escolha “preferida” pela estrutura partidária, é um militante de longa data, mas está actualmente sob investigação por alegados crimes cometidos durante o seu mandato no executivo. Detalhes destas investigações, ligados a irregularidades em contractos públicos, foram destacados em relatórios de Fevereiro de 2024, como Correio da Manhã, que mencionou buscas da PJ na junta por suspeitas de violações. Este escrutínio judicial representa um risco significativo para a imagem do partido e para a base de eleitores. 

Joaquim Torres, por outro lado, é um autarca experiente e ex-coordenador do PS Olivais, tentando apresentar um projecto de renovação. No entanto, enfrenta resistência substancial do aparelho partidário, que parece favorecer Carreira. Esta luta de poder interna é indicativa de um faccionalismo mais amplo dentro do PS, com Torres a argumentar pela necessidade de refrescar a imagem do partido, como discutido em análises em Delito de Opinião. 

Contexto Histórico e Implicações Eleitorais

A Freguesia dos Olivais, com mais de 100.000 habitantes, tem sido um bastião do PS durante décadas, mas as tendências eleitorais recentes mostram vulnerabilidades. Nas últimas autárquicas, o PS perdeu votos em Olivais, contribuindo para a derrota do seu candidato à Câmara de Lisboa, como discutido em Observador. Esta perda é atribuída a uma gestão interna percecionada como caciquista, com a liderança de Rute Lima criticada por nepotismo e favoritismo, como visto em relatórios de Executive Digest. 

A crise atual é agravada pelo contexto nacional, particularmente pela renúncia de António Costa em novembro de 2023 devido a um caso de corrupção, que enfraqueceu a coesão do PS. Este cenário torna as eleições de 2025 um ponto de viragem, com o risco de perder Olivais potencialmente a sinalizar retrocessos eleitorais mais amplos para o partido. A candidatura independente de Rute Lima pode dividir o voto socialista, atraindo eleitores descontentes e beneficiando outros partidos ou listas independentes, um desenvolvimento inesperado dado a sua longa associação com o PS. 

Resposta do Partido e Perspectivas Futuras

A resposta do PS Lisboa, incluindo a retirada de confiança, visa reafirmar o controlo, mas pode não ser suficiente para reparar as fracturas. O partido comprometeu-se a apresentar uma “candidatura forte e coesa” em devido tempo, como declarado em comunicações citadas por Renascença, mas as investigações em curso envolvendo Carreira e a resistência a Torres sugerem desafios contínuos. 

A situação em Olivais reflete tendências nacionais, com mais de 200 políticos investigados por corrupção desde 2017, muitos sendo autarcas, como reportado em SIC Notícias. Este contexto sublinha a luta do PS para manter a credibilidade, com as eleições de 2025 a servirem como um teste decisivo para a sua capacidade de renovação e unificação. 

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1 COMENTÁRIO

  1. Uma vergonha este “executivo” nepotista propor-se a (des)mandar na Junta de Freguesia por mais 4 anos. Já ninguém se lembra das reportagens da CNN sobre a vergonha de favores e compadrio de que esta “Presidente” e seus correligionários favoreceram e beneficiaram?! Esta “candidatura independente” serve só para continuar esta gestão pessoal vergonhosa e lesiva de todos os olivalenses! Não com o meu voto!

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