O ministro da Defesa britânico descartou ontem a possibilidade de o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vir a retirar o país da NATO, apesar de declarações passadas do magnata sugerirem críticas ao financiamento da organização. John Healey reafirmou o compromisso dos EUA com a aliança de defesa e sublinhou que Washington reconhece a importância da NATO para a estabilidade europeia.
“Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança”, afirmou o ministro britânico, sustentando que Trump tem razão ao exigir que os países-membros aumentem o financiamento da organização. Atualmente, os Estados-membros comprometem-se a gastar 2% do PIB em Defesa até 2024, com 23 dos 32 membros a aproximarem-se deste objetivo.
Apesar das exigências de maior investimento, Healey relembrou que o compromisso dos Estados Unidos com a NATO permanece intacto desde administrações passadas, sem indicação de que Trump, caso reeleito, vá alterar esta posição. Healey destacou que a Polónia, com uma contribuição de 4,1% do PIB, lidera a lista de investimentos na NATO, enquanto o Reino Unido, com 2,3%, ocupa a nona posição. Embora Londres ainda não tenha anunciado uma data exata para um eventual aumento na sua contribuição, Healey assegurou que o Governo britânico “compreende o dever de defender o país e manter a segurança dos cidadãos”.
O ministro britânico reiterou que, apesar das críticas anteriores de Trump, a NATO continua a ser vista como essencial para a defesa do Ocidente, e qualquer eventual pressão de Trump para que os membros aumentem o financiamento reflete apenas o compromisso em fortalecer a aliança perante ameaças, incluindo o risco de futuros ataques de nações como a Rússia.
