A Câmara Municipal de Castelo Branco rejeitou a inscrição de um estabelecimento local para o evento de Natal 2024, com base numa interpretação da regra 8 das normas de participação, decisão que gerou surpresa e indignação. O comerciante, cuja proposta foi recusada, destaca que o seu negócio apresenta um conceito único na cidade, sem concorrência direta, e que sempre contribuiu para o desenvolvimento local
A decisão levanta questões sobre as prioridades da autarquia em relação ao apoio aos negócios locais. “É incompreensível que os comerciantes que pagam impostos, criam empregos e dinamizam a economia local sejam preteridos em favor de marcas externas, muitas vezes sem qualquer ligação a Castelo Branco e sem trazer benefícios reais à cidade”, afirma o proprietário lesado.
Esta abordagem, segundo o comerciante, desvaloriza os esforços de quem investe diariamente no comércio local. Acrescenta que tal postura contribui para o encerramento ou a transferência de negócios para outras localidades, acentuando a desertificação económica da cidade.
A crítica estende-se ao facto de pequenos e novos empreendedores enfrentarem maiores desafios para se manterem ativos num contexto já adverso. O apelo à Câmara Municipal é claro: “É fundamental que o município reveja estas decisões e passe a dar prioridade a quem verdadeiramente contribui para a vitalidade económica e social de Castelo Branco.”
O episódio reabre o debate sobre as políticas de apoio ao comércio local e o papel das instituições públicas na criação de condições favoráveis para o desenvolvimento económico da região.