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Reservas de Gás no Reino Unido em Níveis Preocupantes: O País Corre Riscos com Estoques em Queda

As reservas de gás do Reino Unido atingiram níveis alarmantes, com o país a enfrentar uma escassez significativa no armazenamento devido ao frio intenso e aos preços elevados nos mercados. A advertência foi dada esta sexta-feira pelo grupo energético Centrica, o principal distribuidor britânico de gás, que revelou uma situação preocupante para o fornecimento de energia.

Em 9 de janeiro de 2025, as reservas britânicas estavam a cerca de metade da capacidade habitual, com uma redução de 26% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa alertou que, neste momento, o Reino Unido tem menos de uma semana de gás em reserva, o que coloca em risco a estabilidade do abastecimento durante o inverno. A crise é agravada pela desvantagem do Reino Unido, que possui uma capacidade de armazenamento inferior à de países como França, Alemanha e Países Baixos, com uma capacidade cerca de 10% mais baixa.

As razões para a queda nas reservas são várias. O grupo Centrica explica que as condições meteorológicas mais rigorosas que o habitual, combinadas com a interrupção do abastecimento de gás da Rússia através da Ucrânia no final de 2024, resultaram numa diminuição significativa dos stocks no Reino Unido. Adicionalmente, os preços elevados do gás retardaram a reposição das reservas, especialmente durante o período crítico de Natal, dificultando ainda mais a manutenção de níveis adequados de abastecimento.

Embora a situação se assemelhe à que se verifica na União Europeia, onde as reservas estão em média a 68% (bem abaixo dos 83% do ano passado), o Reino Unido enfrenta um agravamento devido à sua menor capacidade de armazenamento, o que torna o país mais vulnerável à escassez de gás. A dependência do Reino Unido das importações de gás natural liquefeito (GNL), particularmente dos Estados Unidos, coloca-o em competição direta com outras nações, especialmente na Ásia e Europa, por esse recurso.

Apesar da gravidade da situação, o governo britânico procurou tranquilizar a população, afirmando que está confiante de que o país terá gás e eletricidade suficientes para satisfazer a procura durante o inverno. Um porta-voz do primeiro-ministro, Keir Starmer, sublinhou que o sistema energético do Reino Unido é diversificado e resistente, afastando o risco de apagões.

O gás natural, essencial para aquecimento e produção de eletricidade, representou 26,3% da energia consumida no Reino Unido em 2024, ficando atrás da energia eólica, que liderou com 30%. No entanto, a crise no fornecimento tem levado a Centrica a pedir apoio do governo para modernizar e expandir as infraestruturas de armazenamento. O grupo propôs um investimento de 2 mil milhões de libras na modernização do reservatório de Rough, localizado ao largo da costa norte do país. Este reservatório, que foi reativado em 2022 após ser fechado em 2017, representa atualmente cerca de metade da capacidade de armazenamento de gás do Reino Unido. A Centrica defende que este investimento é crucial para evitar o aumento desnecessário das faturas de energia dos consumidores britânicos e garantir a segurança no abastecimento de gás a longo prazo.

Com a crise energética a persistir, a pressão sobre o governo e as empresas para garantir a resiliência do sistema energético do Reino Unido só tende a aumentar nos próximos meses.

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