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Scholz é eleito candidato do SPD para as eleições antecipadas de 23 de fevereiro

Olaf Scholz foi formalmente eleito, no congresso do Partido Social-Democrata (SPD) em Berlim, como o candidato do partido para as eleições antecipadas marcadas para 23 de fevereiro. A eleição de Scholz, que contou com a participação de 600 delegados, foi realizada por uma esmagadora maioria, tendo apenas cinco votos se oposto à sua candidatura.

O atual chanceler da Alemanha aproveitou a ocasião para criticar tanto o bloco democrata-cristão (CDU-CSU) quanto a extrema-direita, que, segundo as sondagens, são as duas principais forças políticas do país. Scholz, que lidera o SPD com cerca de 15% nas intenções de voto, alertou para os perigos do crescente populismo e nacionalismo de direita, especialmente à luz da recente ascensão da extrema-direita na Áustria. Ele enfatizou que a Alemanha não pode permitir-se seguir um caminho semelhante, com especial foco nas tentativas de alguns partidos de cooperar com a Alternativa para a Alemanha (AfD), um movimento de extrema-direita.

Em seu discurso, Scholz falou da gravidade do momento político, considerando a guerra na Ucrânia, a ascensão do populismo e o nacionalismo de direita como desafios diretos à estabilidade e unidade europeias. Referiu-se também ao futuro das relações entre a Alemanha e os Estados Unidos, especialmente após a eleição de Donald Trump como presidente, alertando para a necessidade de um equilíbrio nas relações internacionais.

Criticando o seu principal rival, o líder conservador Friedrich Merz, Scholz acusou-o de promover uma agenda política baseada em “velhas receitas”, que incluiria um programa austero com cortes nos cuidados de saúde e risco para as pensões. Em contraste, o candidato social-democrata defendeu um plano que inclui a redução de impostos para os cidadãos de baixos rendimentos e a redução do IVA sobre os alimentos.

Scholz também delineou propostas para revitalizar a economia alemã, incluindo investimentos em infraestruturas e energias renováveis, além de incentivar o investimento privado no país. No campo social, prometeu manter a estabilidade das pensões e aumentar o salário mínimo, além de proteger os empregos em risco devido à atual situação económica.

A nível internacional, Scholz reiterou o compromisso da Alemanha em continuar a apoiar a Ucrânia, mantendo uma postura moderada para evitar uma escalada do conflito, e reafirmou a importância da integridade territorial e da inviolabilidade das fronteiras, citando as recentes declarações de Donald Trump sobre a Gronelândia.

Apesar da sua popularidade ter sofrido uma queda significativa durante os três anos de mandato, Scholz assumiu uma postura de autocrítica, admitindo que talvez tivesse sido mais eficaz se tivesse terminado a coligação governamental mais cedo. Em novembro do ano passado, o SPD expulsou os liberais do FDP da coalizão tripartida, o que levou à convocação de eleições antecipadas.

De acordo com as mais recentes sondagens, o SPD de Scholz obteve 16% dos votos, ficando atrás do bloco conservador CDU-CSU, com 30%, e da AfD, que surge com 22%. Os Verdes mantêm-se nos 13%.

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