Sérgio Frade eleito novo CEO do Crédito Agrícola, substituindo Licínio Pina após doze anos de liderança Sérgio Raposo Frade foi eleito presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, sucedendo a Licínio Pina, que liderou o grupo durante os últimos doze anos. A eleição decorreu no sábado, durante uma assembleia geral, tendo a lista única para os órgãos sociais do triénio 2025-2027 recebido mais de 96% dos votos favoráveis dos associados.

Administrador do grupo desde 2013, Sérgio Frade integrou sucessivamente as equipas lideradas por Licínio Pina, conhecendo de perto os principais dossiês estratégicos do grupo. Agora, assume a presidência executiva com o objetivo de assegurar a continuidade e reforçar a presença do Crédito Agrícola no setor financeiro nacional.
Além de Sérgio Frade, foram propostos como administradores executivos Ana Paula Freitas, Ana Rodrigues, Filomena Oliveira, João Laranjeira, José Henriques e Rodolfo Pinto. Entre os membros da administração anterior, apenas Ana Paula Freitas permanece em funções, a par do novo CEO. Os restantes representam novas entradas, traduzindo uma renovação significativa da equipa de gestão.
Licínio Pina, por sua vez, foi indicado para presidir ao Conselho Superior do grupo, um órgão de natureza consultiva. Segundo o jornal Público, este novo cargo implicará um rendimento mensal bruto de 9.450 euros, ao abrigo de um regime de exceção, em contraste com os habituais 1.650 euros por senha de presença.
A posse do novo Conselho de Administração Executivo permanece sujeita à autorização do Banco de Portugal, conforme as normas em vigor para o setor bancário.
O Grupo Crédito Agrícola é composto por 67 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo e pela Caixa Central, atuando não apenas na área bancária, mas também nos setores dos seguros, gestão de ativos e capital de risco. Em 2024, o grupo registou um lucro de 100 milhões de euros, um resultado inferior ao do exercício anterior, refletindo os desafios macroeconómicos e o contexto financeiro nacional.
Com esta mudança, o Crédito Agrícola inicia um novo ciclo de liderança, procurando manter a solidez, a proximidade às comunidades locais e o papel de destaque no sistema financeiro português.