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Sindicatos da CP “dão nega” a Pinto Luz

Miguel Pinto Luz revela ter apresentado uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta. Mas a Federação dos Sindicatos de Transportes (Fectrans) até admite reduzir o número de dias de paralisação. Contudo, para já, e apesar do apelo do governante Miguel Pinto Luz, a greve na CP marcada para os próximos dias vai manter-se.

O Governo apelou esta terça-feira aos sindicatos da CP para que desconvoquem a greve que considera “vazia de objetivos”, revelando ter apresentado uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta.

“Houve total boa fé do Governo, mas, até ao momento, não houve abertura por parte dos sindicatos”, lamentou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que falava numa conferência de imprensa, em Lisboa.

A CP já tinha alertado esta terça-feira para a possibilidade de “fortes perturbações na circulação” a partir de quarta-feira, e até 14 de maio, devido a greves convocadas por vários sindicatos, e por não terem sido definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico Social.

O ministro confessou que foram surpreendidos com a marcação “das maiores greves desde que tomaram posse”, principalmente numa altura em que o Governo está em gestão e há “barreiras legais” que impedem de implementar os pedidos dos sindicatos.

“Independentemente da bondade ou da justiça dos aumentos exigidos, a situação de Governo de gestão, impede que se ultrapasse a barreira de 4,7% de aumento da massa salarial constante em despacho do Governo, bem como ultrapassar o valor definido no Plano de Atividades e Orçamento da CP para 2025”, explicou.

Miguel Pinto Luz foi mais longe nas críticas, defendendo que estas greves “não são ferramenta de negociação. São greves vazias de objetivos, são greves políticas”, defendeu.

Mas apesar de todas estas limitações, “o Governo não desistiu e propôs de viva-voz aos sindicatos um aumento de 5,75 milhões de euros da massa salarial com uma reestruturação extraordinária de carreiras. O máximo que nesta situação de Governo de gestão nos é permitido”, anunciou, acrescentando que, até ao momento, não houve resposta por parte dos sindicatos.

Pinto Luz lembrou que a CP garante a mobilidade de 700 mil portugueses diariamente que recorrem aos seus serviços, ou seja, a avançar, a greve vai prejudicar milhares de pessoas.

“A CP existe para servir os portugueses que trabalham e estudam, […] o capital de confiança da CP não pode ser desbaratado desta forma”, referiu. “Os portugueses estão fartos das greves na CP, querem é ir trabalhar”, acrescentou.

Neste seguimento, o ministro, em nome do Governo, “apela, aos sindicatos, mas também a todos os trabalhadores da CP, para ponderarem, para fazerem um verdadeiro exame de consciência e decidirem se se justifica prejudicarem tantos portugueses e a própria CP, numa ação que não pode ter outro efeito prático do que prejudicar milhares de concidadãos nossos”.

José Manuel Oliveira, da Fectrans, explica que o Executivo “não está a dar nada” aos trabalhadores, até porque essa era “uma questão que já estava arrumada e acordada”. Assinala, por sua vez, que o que verdadeiramente falta são “outras garantias” sobre duas alíneas que continuam por cumprir e que estão dentro do acordo já feito.

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