Quando as empresas de filmes e séries, como a Netflix, Max ou Prime começam a pesar na carteira, há soluções gratuitas para compensar o peso dos pagamentos. Opções legítimas e legais que o podem ajudar a aceder a conteúdos diversos. No entanto, dentro destas aplicações, escondem-se, por vezes, surpresas ilegais que é necessário renegar e até avisar as autoridades. Mas se se mantiver um comportamento correcto e uma etiqueta de Internet saudável, podemos estar seguros de milhões de horas de entretenimento legal e saudável.
Stremio é uma aplicação de streaming (transmissão de programas multimedia), que funciona como um agregador de conteúdos, permitindo aos utilizadores assistir a filmes, séries e canais de TV através de um único local. A plataforma organiza o catálogo de forma intuitiva e oferece suporte a add-ons (complementos), extensões que permitem aceder a conteúdos de várias fontes, incluindo serviços legais e outras opções disponíveis na internet. O Stremio está disponível para Windows, macOS, Linux, Android e Android TV, sendo uma opção popular para quem procura centralizar a sua experiência de streaming. Pode ser carregado a partir das lojas oficiais de aplicações da Google, Apple e Windows a custo zero.
Por outro lado, Kodi é um Centro de Multimedia de código aberto que transforma dispositivos como smart TVs, computadores ou set-top boxes num “nó” completo de entretenimento. Ao contrário do Stremio, o Kodi não fornece conteúdos próprios, mas permite organizar e reproduzir ficheiros locais ou em rede, além de suportar extensões (add-ons) que dão acesso a streams online. A sua grande flexibilidade e personalização fazem dele uma escolha versátil para utilizadores avançados. Está disponível em múltiplas plataformas, incluindo Windows, macOS, Linux, Android, iOS e até mesmo sistemas como Raspberry Pi. Também pode ser descarregado, sem custos, nas lojas oficiais dos sistemas operativos da sua TV ou PC.
Estas duas aplicações são apenas algumas das muitas opções gratuitas disponíveis para transformar a sua smart TV, Android TV ou dispositivos da Apple, Windows e Linux num centro de entretenimento completo. Se procura alternativas para streaming, gestão de media ou acesso a conteúdos diversificados, existem várias outras ferramentas que podem adaptar-se às suas necessidades, muitas delas tão intuitivas e poderosas como o Stremio e o Kodi.
Os centros multimédia como o Kodi e o Stremio continuam a ser opções populares para organizar conteúdos locais e fazer streaming através de add-ons. No entanto, existem alternativas no mercado português, tanto para gestão de bibliotecas pessoais como para acesso a conteúdos online, algumas delas com funcionalidades diferenciadas.
Outro Centros Multimédia
Plataformas como Emby, Infuse, Jellyfin e Elmedia Player destacam-se pela capacidade de gerir acervos pessoais, sincronizar dispositivos e partilhar conteúdos. O Emby, por exemplo, funciona como servidor multimédia com transcodificação em tempo real, enquanto o Jellyfin surge como alternativa open source e gratuita. Para utilizadores Apple, o Infuse (pago) simplifica a reprodução de formatos variados em dispositivos da marca.
Estas ferramentas permitem:
– Catalogar filmes, música e fotos;
– Partilhar conteúdos em rede local ou remota;
– Aceder a serviços de streaming via add-ons;
– Integrar plataformas como Netflix ou YouTube.
Streaming em Portugal: Ofertas Legais e Limitações
Apesar de o mercado português ser mais restrito comparado a outros países, há opções gratuitas e pagas:
1. RTP Play: Gratuito e legal, disponibiliza os canais da RTP em direto, além de séries, documentários e arquivos históricos.
2. Pluto TV: Oferece dezenas de canais temáticos (filmes, desporto) em streaming contínuo, mas requer VPN para aceder a catálogos internacionais.
3. NOS Play e Fox Play: Exclusivos para clientes das operadoras, combinam conteúdos originais com séries e filmes sob subscrição.
4. Filmin Portugal: Focado em cinema independente e português, permite aluguer por título ou subscrição mensal.
5. Rakuten TV: Combina uma secção gratuita (com anúncios) e opções de aluguer, destacando-se por filmes recentes e canais temáticos.
Serviços como Popcorn Time ou Flixeon, embora populares, envolvem riscos legais e de segurança devido à dependência de “torrentes” – ou fontes não verificadas. A FilmRise e a Viki, por outro lado, são legais, mas têm catálogos limitados em Portugal.
Riscos e Recomendações
O uso de add-ons de terceiros em plataformas como o Kodi pode expor utilizadores a malware ou conteúdos piratas. Especialistas recomendam optar por serviços oficiais (como Plex TV, que inclui canais gratuitos) e utilizar VPN para proteger dados.
Para bibliotecas pessoais: Jellyfin (gratuito) ou Emby (com versão premium);
Streaming legal: RTP Play e Rakuten TV Free;
Conteúdos premium: NOS Play ou Filmin;
Evitar plataformas baseadas em torrents sem proteção adequada.
Há Mais…
Os serviços aqui descritos, que não são os únicos disponíveis. Há ainda que contar com plataformas como a Freeview (BBC+ITV) ou o aceso ao Internet Archive (Arquivo Internet), que contém milhares de filmes, radioteatro, livros áudio e séries de TV que estão já em domínio público. Para aumentar a sua riqueza de conteúdos se tem uma Smart TV ou uma TV Box, o mais seguro é escolher uma fonte de notícias permanentes sobre estes serviços.
Muitos destes serviços podem ser acompanhados por um programa genérico, um simulador de localização. Os programas chamados “VPN”, normalmente pagos e usados por polícia, serviços secretos e crackers informáticos, dizem à rede que em vez de estar a ver de casa (na Covilhã, na Guarda, em Videu ou Évora), afinal está em Nova Iorque ou Pequim. Basta escolher. É um truque de muitos para acederem a catálogos de conhecidas marcas (como a Netflix) que apenas existem naqueles países.
A escolha depende das necessidades de cada utilizador, mas a prioridade deve ser a segurança jurídica e digital. Tenha sempre em atenção a legalidade e pondere sobre o uso de conteúdos pagos que podem ser pirateados. É que, nesse caso, nem as produtoras nem os criadores ou artistas estão a receber justo pagamento pelo seu esforço e trabalho. É como se alguém lhe roubasse o seu ordenado porque o conseguia por a trabalhar gratuitamente. Ficaria zangado?
