O mistério em torno do desaparecimento de Joana Cipriano, a criança de oito anos que sumiu sem deixar rasto em setembro de 2004, continua a intrigar Portugal, mesmo duas décadas depois do trágico episódio
João Cipriano, tio da menina e anteriormente condenado pelo homicídio dela, junta-se à narrativa com uma reviravolta chocante: “Vendeu-a por 50 mil €”. Ele persiste na crença de que Joana está viva.
Inicialmente, a mãe da menina, Leonor Cipriano, buscara ajuda para encontrar a filha, mas rapidamente tornou-se a principal suspeita do desaparecimento. Em 2005, Leonor e seu irmão João foram condenados a mais de 16 anos de prisão pelo homicídio de Joana, mesmo sem o corpo da criança ter sido encontrado. Agora, após cumprir cinco sextos da pena na prisão e estarem em liberdade condicional, ambos continuam a negar veementemente a acusação de assassinato.
Em uma entrevista exclusiva ao programa Linha Aberta da SIC, João Cipriano alega que a irmã “vendeu a miúda” a um casal de estrangeiros por 50 mil euros. Ele descreve vividamente o momento em que um “carro preto” estava presente em sua casa no dia do desaparecimento. Cipriano tentou convencer a irmã a desistir do suposto plano, mas ela alegadamente recusou, mencionando dificuldades financeiras enfrentadas pela família.
Ao negar veementemente qualquer ato de violência contra Joana, João Cipriano destaca seu relacionamento próximo com a sobrinha, enfatizando que costumava acompanhá-la ao café para comprar guloseimas. Ele também refuta as alegações do Ministério Público sobre relações sexuais com a irmã, um motivo anteriormente sugerido para o crime, mas que não foi comprovado em tribunal.
Apesar do corpo nunca ter sido encontrado, Leonor e João Cipriano foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com os juízes de Portimão argumentando que a dupla matou Joana de forma violenta e cortou seu corpo para escondê-lo. Ainda assim, João Cipriano insiste que a sobrinha está viva, lançando novas sombras sobre um caso que continua a intrigar e perturbar a nação portuguesa.