Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) anunciaram novas paralisações, iniciando com uma greve de 50 horas a partir de segunda-feira, 18 de setembro, e prolongando-se com mais de 60 dias. A empresa garante que os serviços mínimos serão assegurados durante o período de interrupções, o que poderá causar perturbações nos horários regulares.
O Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN), responsável pela convocação destas greves, informou que a primeira decorrerá entre as 00h00 de segunda-feira e as 02h00 de quarta-feira. A segunda greve, mais prolongada, começa no dia 18 de setembro e prolonga-se até 17 de novembro, afetando as primeiras cinco horas do turno de cada trabalhador.
Estas ações de protesto seguem-se a outras greves realizadas nos meses de julho e agosto, com o STRUN a expressar a sua frustração face à falta de entendimento com a administração da STCP. O sindicato salientou a necessidade de mais motoristas e criticou a ausência de respostas à escassez de recursos, afirmando que “todos os dias ficam buscando percursos por realizar”.
Apesar das críticas, a STCP respondeu ao comunicado, garantindo que os serviços mínimos serão cumpridos, especialmente durante os dias úteis. Estes serviços incluem a circulação de seis vias na linha 205, cinco nas linhas 200 e 204, e três nas linhas 201, 207, 208 e 305. Durante a noite, serão asseguradas duas viaturas em diversas linhas e uma na linha 907, mantendo uma rede de madrugada a operar normalmente.
A empresa registou que o STRUN representa apenas 14% dos trabalhadores da STCP e é o único sindicato que não assinou qualquer acordo em 2024, ao contrário dos restantes quatro sindicatos. Desde a intermunicipalização da STCP em 2021, a administração afirma ter trabalho para melhorar significativamente as condições laborais dos seus colaboradores, com diversos encontros com as estruturas sindicais.
O STRUN, por seu lado, apelou à união dos trabalhadores e elogiou a sua perseverança nas greves anteriores, pedindo agora uma nova resposta de força nestas próximas paralisações.