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Trump mantém intenção de comprar a Gronelândia, avisa Marco Rubio

O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, garantiu esta quinta-feira que o Presidente Donald Trump mantém a sua intenção de comprar a Gronelândia, sublinhando que se trata de uma posição séria e não uma “brincadeira”. A afirmação de Rubio surge num momento de crescente tensão, após Trump ter reiterado a sua proposta de aquisição do território autónomo dinamarquês, apesar do claro rechaço da Dinamarca e da própria Gronelândia.

Trump mantém intenção de comprar a Gronelândia, avisa Marco Rubio
Foto: Roberto Schmidt / AFP

“Não é uma brincadeira”, afirmou Rubio em entrevista ao programa de rádio SiriusXM. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos explicou que a proposta de Trump vai além de um simples interesse territorial, estando ligada aos objetivos estratégicos dos EUA na região. “O Presidente Trump deixou claro que a sua intenção é comprar, e a questão precisa de ser resolvida”, afirmou o Secretário de Estado, reiterando que esta não é uma piada, mas sim uma questão de importância para os Estados Unidos.

A proposta de compra da Gronelândia, feita inicialmente por Trump em 2019, já foi rejeitada de forma veemente pela Dinamarca, que considera o território autónomo e rico em recursos naturais como não estando à venda. No entanto, o Presidente dos EUA acredita que, eventualmente, Copenhaga acabará por recuar em relação à questão.

A Gronelândia, com uma área de dois milhões de quilómetros quadrados, é uma ilha predominantemente coberta por gelo, com uma população de cerca de 56 mil habitantes. Desde 2009, a Gronelândia desfruta de um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação. Os Estados Unidos mantêm uma base militar na região, com um acordo de defesa com a Dinamarca assinado em 1951.

Em resposta às afirmações de Trump, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, manifestou o apoio das suas homólogas europeias, ao reforçar que a Gronelândia não está à venda e que a Dinamarca manterá a sua soberania sobre o território. A líder dinamarquesa expressou também que a questão da compra foi discutida com os seus parceiros europeus, os quais lhe ofereceram “um apoio muito forte” durante a sua recente viagem à Europa.

Para além disso, Marco Rubio levantou preocupações em relação à crescente presença da China no Ártico, mencionando a possibilidade de Pequim ganhar influência na Gronelândia, uma região de importância estratégica crescente. “É realista pensar que os chineses poderão tentar fazer com a Gronelândia o que fizeram com o Canal do Panamá”, alertou o Secretário de Estado, referindo-se ao interesse da China em assumir o controlo de infraestruturas chave para o comércio global.

Com esta posição, a administração de Trump insiste que a aquisição da Gronelândia não é apenas uma questão de expansão territorial, mas de garantir a segurança e a influência dos Estados Unidos na região Ártica, onde as potências globais estão a disputar crescente influência.

Este embate diplomático, em que os Estados Unidos tentam reforçar o seu controlo na região, continua a gerar divisões, especialmente à medida que a Gronelândia busca afirmar a sua autonomia, numa altura em que o interesse pelas suas vastas riquezas naturais cresce à medida que o Ártico se torna uma zona estratégica mais valorizada por potências globais.

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