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UE prolonga missão militar na Ucrânia até 2026 e reforça apoio económico

A União Europeia (UE) vai prolongar a missão de formação de militares ucranianos por mais dois anos, estendendo o mandato até 2026, com a possibilidade de novo alargamento, anunciou hoje o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell. A decisão, comunicada em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial no Luxemburgo, sublinha o compromisso contínuo da UE no apoio à Ucrânia na sua luta contra a invasão russa.

UE prolonga missão militar na Ucrânia até 2026 e reforça apoio económico UE prolonga missão militar na Ucrânia até 2026 e reforça apoio económico
Foto: CM Canadá – Josep Borrell.

“Vamos prolongar a missão de assistência e instrução militar até 2026 e pretendemos alcançar um consenso para que este apoio possa ser estendido ainda mais no futuro”, afirmou Borrell, reforçando o empenho europeu na capacitação das forças armadas ucranianas.

Além do prolongamento da missão militar, a UE está a ultimar os detalhes para desbloquear uma nova tranche de assistência macrofinanceira à Ucrânia. “Estamos muito próximos de alcançar esse objetivo”, revelou o chefe da diplomacia europeia, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos e militares significativos desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

Entre os principais problemas destacados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, encontram-se o ressurgimento das dificuldades na exportação de cereais e o impacto das sanções à Rússia. “O problema da exportação de cereais está a reaparecer”, explicou Borrell, sublinhando que a capacidade da Rússia de contornar as sanções europeias continua a permitir a manutenção do seu esforço de guerra.

“Temos de evitar que o Presidente Putin use a segurança alimentar como arma novamente, ameaçando infraestruturas críticas durante o inverno”, alertou o responsável europeu. Borrell apelou ainda a uma ação mais incisiva na luta contra o desvio das sanções que, segundo ele, tem facilitado o acesso de Moscovo a componentes ocidentais para o fabrico de armamento.

A ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa na maior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial, e a UE continua a procurar formas de mitigar o impacto da guerra enquanto apoia a resistência ucraniana.

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