Um jornalista ucraniano que trabalhava para o jornal italiano La Repubblica foi morto nesta quarta-feira num suposto ataque russo em Kherson que feriu também o seu colega italiano, segundo autoridades ucranianas.
O primeiro vice-chefe do conselho regional de Kherson, Yurii Sobolievsky, confirmou que o jornalista ucraniano foi morto e o corpo levado para a morgue local para exame forense.
Um repórter italiano ficou ferido no mesmo ataque, que teria sido causado por um drone em Kherson, segundo autoridades da Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, descreveu anteriormente o incidente como um ataque de drone, mas Sobolievskyi disse à CNN que as autoridades em Kherson ainda estão a tentar estabelecer as circunstâncias exatas do ataque.
“No momento em que soube da notícia desse evento nada auspicioso, entrei em contato com nossos militares, que me forneceram detalhes sobre o caso. Estou em contato com o jornalista (Corrado Zunino) e farei tudo o que estiver ao meu alcance para o ajudar”, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em entrevista à emissora italiana SkyTG24.
Kuleba disse que o ucraniano foi morto no incidente, acrescentando que os combatentes russos “não se importam se é russo, italiano ou ucraniano, eles sempre atiram”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.