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Um problema para cada solução

Outrora, em contexto profissional, fiz um genuíno agradecimento a uma colega de trabalho pela sua colaboração e pelo seu profissionalismo. A resposta foi lapidar e demonstrou um rasgo de humildade ao mesmo tempo que me provocava o seu quê de surpresa. “Eu é que agradeço estar sempre disponível para ajudar e não para complicar.”

A minha primeira reação foi sorrir ao ouvir aquela “troca de galhardetes”, mas aquela frase não me abandonou e ficou a ecoar dentro de mim, fazendo-me refletir mais tarde sobre a sua verdadeira profundidade. De facto, a vida está cheia daqueles que são um problema para cada solução quando a realidade pede precisamente o inverso. Penso que não precisamos fazer um grande esforço de memória para identificar rapidamente vários “conhecidos” que se enquadram neste padrão. Se, ao contrário, todos nos preocupássemos em ser a solução para cada problema, desgastar-nos-íamos menos e estaríamos mais predispostos e disponíveis para fazer a diferença e acrescentar valor. Isto é transversal a tudo e enquadra-se tanto na vida pessoal como na vida profissional. A minha leitura é que as inseguranças individuais e os complexos de inferioridade promovem esta necessidade de afirmação e, não raras vezes, complicam o que é simples.

Quando desconstruímos e temos a humildade de não querer mostrar mais do aquilo que somos, o processo simplifica-se e o problema fica mais perto da solução. É uma questão de atitude e de vontade mas, essencialmente, digo eu, de carácter, de formação e de educação. Esta fogueira de vaidades, provocada por um exacerbado culto da personalidade na primeira pessoa do singular sintetiza tudo aquilo que devemos evitar socialmente.

Este deve ser o primeiro passo. Termos consciência do ridículo, identificarmos os sinais e evitarmos a sua reprodução. O passo seguinte deverá ser a identificação dos mesmos sinais e afastarmo-nos de quem os pratica. Pela tranquilidade da nossa sanidade mental, pela nossa felicidade e essencialmente porque a idade já nos permite fazer a seleção entre aqueles que valem a pena acrescentando-nos valor e os outros. Que é como quem diz, junta-te aos bons e serás um deles ou vice-versa como em tantas outras coisas na vida. Sendo assim, e como teremos sempre essa opção, que cada um decida em conformidade!

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Vasco Damas
Vasco Damas
Tem 54 anos e vive na vila de Tramagal (Abrantes). É consultor imobiliário, tendo exercido funções de gestor no ramo da distribuição de materiais de construção e bricolagem, onde liderou equipas e contribuiu para o crescimento das pessoas, levando-as a ultrapassar os limites que julgavam ter. Valoriza o equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar (seu porto de abrigo), o convívio com os amigos e a atividade cultural e desportiva, jogando nos veteranos dos Dragões de Alferrarede.

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