O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou veementemente os mais recentes ataques russos lançados durante a madrugada, que provocaram a morte de pelo menos 12 pessoas, entre as quais duas crianças e um jovem. Perante mais este episódio de violência, Zelensky apelou a uma resposta firme da comunidade internacional, exigindo maior pressão sobre Moscovo para pôr fim à guerra.
“Sem uma pressão realmente forte sobre os dirigentes russos, esta brutalidade não poderá ser travada. As sanções vão certamente ajudar”, escreveu o chefe de Estado ucraniano nas redes sociais, numa mensagem clara dirigida aos Estados Unidos, aos países europeus e “a todos os que procuram a paz”.
Zelensky insistiu na necessidade de mostrar “determinação” perante o Presidente russo, Vladimir Putin, de modo a forçá-lo a pôr termo à agressão militar em curso. Sublinhou ainda que o mundo não pode manter-se em silêncio, sob pena de encorajar a continuação da ofensiva russa.
Ataques coordenados e mortais
Segundo dados divulgados pelo próprio Presidente ucraniano, a Rússia lançou cerca de 300 drones, na sua maioria do tipo Shahed, de fabrico iraniano, e quase 70 mísseis de diversos tipos. Os ataques visaram várias regiões da Ucrânia e constituíram, nas palavras de Zelensky, “um ataque deliberado contra cidades”. Entre os alvos estiveram edifícios residenciais, uma residência universitária em Kiev e instalações empresariais.
“Infelizmente, há vítimas mortais, incluindo crianças”, lamentou o Presidente, que endereçou condolências às famílias atingidas. Reforçou ainda que “cada um destes ataques terroristas representa uma razão suficiente para sancionar a Rússia com maior severidade”.
“O mundo conhece as fragilidades da economia russa”
Zelensky sublinhou que a Rússia pode ser travada, mas apenas se for exercida a força necessária. “O mundo conhece as fragilidades da economia russa. É possível parar a guerra, mas só com a força necessária para pressionar a Rússia”, escreveu, apelando ao reforço das medidas económicas e diplomáticas.
O líder ucraniano alertou para o perigo do imobilismo internacional. “Putin deve ser obrigado a não pensar em lançar mísseis, mas sim em acabar com a guerra”, afirmou, reforçando que o silêncio de algumas nações, nomeadamente dos Estados Unidos, contribui para prolongar o conflito. “O silêncio dos Estados Unidos e o silêncio dos outros no mundo é a única coisa que encoraja Putin”, declarou.
Num momento de escalada na violência, a mensagem de Zelensky é clara: sem determinação e uma resposta firme da comunidade internacional, os ataques continuarão, ceifando vidas inocentes e perpetuando a instabilidade no coração da Europa.