O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, oficializou uma lei destinada a aumentar a mobilização militar em resposta à invasão russa, uma medida que tem gerado controvérsia devido à ausência de disposições para o período de desmobilização dos soldados.
De acordo com comunicado divulgado no site do parlamento ucraniano, a Rada, o texto foi apresentado ao presidente nesta terça-feira e recebeu sua assinatura.
A Ucrânia, enfrentando escassez de voluntários para o serviço militar, vinha trabalhando neste projeto há meses, em meio a uma atmosfera de controvérsia após mais de dois anos de conflito armado contra a Rússia, resultando em dezenas de milhares de fatalidades.
Na semana passada, o parlamento ucraniano aprovou o projeto de lei com 283 votos a favor. No entanto, a medida tem sido objeto de debate devido à retirada de última hora de uma cláusula que previa a desmobilização dos soldados após 36 meses de serviço, o que representa um revés para os combatentes que estiveram na linha de frente por mais de dois anos.
As autoridades asseguraram que a questão da desmobilização será abordada em uma lei separada, mas não foi definido um cronograma para sua elaboração ou adoção.
O exército ucraniano, enfraquecido por uma contraofensiva fracassada no verão de 2023 e pela redução do apoio ocidental, está lutando para conter os ataques russos em várias frentes.
A ofensiva de Moscovo contra a Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa tem sido condenada pela maioria da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamentos para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas contra Moscovo.