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Caminho da Geira decisivo para Braga garantir mil peregrinos de Santiago

O Caminho da Geira e dos Arrieiros é o principal responsável pelo crescimento de 5,7% no número de peregrinos que partiram de Braga e receberam em 2023 a Compostela à chegada à Catedral de Santiago, superando os mil pelo segundo ano consecutivo

Caminho da Geira decisivo para Braga garantir mil peregrinos de Santiago
DR
Caminho da Geira decisivo para Braga garantir mil peregrinos de Santiago
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As estatísticas do Serviço de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela, reveladas esta semana, indicam que o documento que comprova a realização do itinerário jacobeu foi entregue a 1.098 pessoas que começaram na Sé de Braga, mais 59 do que as registadas em 2022.

O Caminho Central Português registou 674 peregrinos no ano passado (-0,3%), seguindo-se o Caminho da Geira e dos Arrieiros com 403 (+13,8%) e o Caminho Minhoto Ribeiro com 21 (+133,3%). Em termos absolutos, o acréscimo de Compostelas atribuídas a quem partiu de Braga deve-se, sobretudo, ao Caminho da Geira (+49), pois o Central perdeu duas e o Minhoto Ribeiro subiu apenas doze.

O Caminho Central continua a ser o preferido dos peregrinos que partem de Braga (61,4%), à frente do traçado da Geira e Arrieiros (36,7%) e do Minhoto Ribeiro (1,9%). As estatísticas do Serviço de Peregrinos não registam partidas de Braga pelos caminhos de São Rosendo e de Torres.

No total, o Caminho da Geira e dos Arrieiros motivou a emissão de 547 Compostelas – entre as 851 pessoas que cumpriram o itinerário, segundo as associações -, sendo que 516 (94,3%) partiram de localidades portuguesas, 408 (74,6%) são de nacionalidade lusa e 66 espanhola (12%). A Compostela foi entregue a peregrinos de 27 nacionalidades que cumpriram este itinerário jacobeu, encontrando-se a Chéquia na terceira posição, logo a seguir aos países ibéricos.

Além de Braga, os peregrinos que palmilharam o Caminho da Geira partiram de Rendufe, Campo do Gerês, Terras de Bouro, Castro Laboreiro, Ameixoeira, Azoreira e Portela do Homem, na parte portuguesa. Na Galiza, começaram em Ribadavia, Lóbios, Cortegada, Berán e Arnóia.

A maior parte dos peregrinos cumpriu este itinerário a pé (77%) e de bicicleta (19,2%), com os meses de outubro, maio e julho a serem os mais procurados. Fizeram-no por “motivos religiosos e outros” 69%, têm entre 46 e 65 anos (55,7%) e 18 e 45 anos (30%), com predominância dos homens (64,2%). As estatísticas publicadas pela Catedral de Santiago indicam que o número de peregrinos no Caminho da Geira e dos Arrieiros cresceu 31% (foram 418 em 2022), apresentando-se como o preferido entre os oito novos itinerários em estudo para homologação pelo governo da Galiza. No caso do Minhoto Ribeiro diminuiu 60% (396 no ano 2022) e do Central 5% (93.195).

O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela Homem.

Nos últimos seis anos foi percorrido por quase 4.000 peregrinos, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de outros 13 países europeus, e do Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbeijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina ou Uruguai.

Foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).

O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, via do género mais bem conservada do antigo império ocidental romano, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela

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