Cerca de 35% da população da angolana não tem acesso a água potável, por falta alegada de infra-estruturas, admitiu o ministro das Energia e Águas. Angola é um dos poucos países da África austral que partilha cinco Bacias Hidrográficas Internacionais ou Transfronteiriças, mas a população ainda sofre para ter água canalizada e de qualidade.
João Baptista Borges, o titular da pasta, reconhece ser preocupante à situação, não obstante o anúncio de construção de novos projectos ligados a área das águas.
O ministro angolano da Energia e Águas revelou, em Luanda, que o governo está preocupado com as famílias que não tem acesso água potável canalizada, principalmente as que vivem nas zonas rurais e periféricas, onde a situação é ainda pior.
Apesar de a Angola ser rica em rios, números do Ministério angolano da Energia e Águas descrevem que apenas 65% da população, perfazendo mais de 22 milhões de habitantes, têm acesso a água potável canalizada,
João Baptista Borges, o titular da pasta, explica que, não obstante alguma melhoria no trabalho de ligações domiciliárias de água canalizada, a taxa de acesso ao líquido ainda escasso e anuncia mais investimento para o sector.
“Nós temos uma taxa de acesso média de 65% que ainda é insuficiente. Desde logo, a nossa realidade é preocupante, estando a ser feito um esforço significativo de investimentos a infra-estrutura para construção de novos sistemas”, admite o ministro da Energia e Águas.
Quanto ao sector da energia, o ministro João Baptista Borges avança que uma das principais prioridades do governo é a construção, nos próximos três anos, de novas infra-estruturas para rede transporte de energia.
O Ministério da Energia e Águas lembrou, há dias, que vinte das 189 barragens existentes no país identificadas pelo Projecto de Inventariação Nacional de Barragens estão em risco de desabar, daí que precisam de uma pronta de intervenção por apresentarem péssimas condições estruturais.
“Nossa grande prioridade é investir nas redes de transporte de energia, que já estamos também, neste momento, a preparamos para implementarmos um projecto de interligação de Cabinda para o Soyo. Para este mandato, nós estamos a trabalhar numa perspectiva de 2027”, calculou João Baptista Borges, o responsável da Energia e Águas.
Angola é um dos principais países da África austral que partilha cinco Bacias Hidrográficas Internacionais ou Transfronteiriças, nomeadamente, Cunene, Cuvelai, Cubango/Okavango, Zaire/Congo e Zambeze. Assim sendo, a mesma faz parte de cinco comissões internacionais de bacia
Entretanto, os ministros da Energia e Águas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) analisam até sexta-feira, em Luanda, entre outros temas, o acordo que altera o
protocolo da organização sobre energia 1996, as iniciativas regulatórias regionais do sector energético e as fontes de energia novas e renováveis.