A Itália enfrenta uma grave crise climática, com cheias devastadoras a deixarem o país em “alerta vermelho” de norte a sul. O mau tempo já provocou a morte de um jovem e obrigou à evacuação de mais de duas mil pessoas. As regiões de Bolonha e Sicília são das mais afetadas, com casas submersas, estradas intransitáveis e infraestruturas destruídas
Bolonha registou 140 milímetros de precipitação em apenas seis horas, inundando diversas zonas. Um jovem de cerca de 20 anos morreu após ser arrastado pelas águas no município de Pianoro. As buscas duraram toda a noite e o corpo foi encontrado na manhã deste domingo. Em Castenaso, moradores relatam que viram as suas casas e garagens serem tomadas pelas águas, com carros destruídos e caves submersas.
O vice-presidente do Conselho de Ministros, Valentino Valentini, assegurou que a situação está a ser monitorizada de perto, especialmente nas áreas com rios transbordados. As autoridades esperam que muitos dos evacuados possam regressar às suas casas ainda durante o fim de semana, à medida que as condições atmosféricas melhorem.
A Sicília, que há meses enfrenta uma seca severa, também foi duramente atingida pelas chuvas torrenciais, que provocaram deslizamentos de terras e inundações em várias localidades, como Licata, onde o rio Salso transbordou, cobrindo a zona com lama e água. Na ilha, a situação permanece crítica, mas o nível de precipitação começa a diminuir.
Na Emilia-Romagna, uma das regiões mais afetadas, o corte de energia elétrica deixou 15.000 utilizadores sem luz, e as autoridades estão a preparar-se para solicitar a declaração de estado de emergência. Equipas da Proteção Civil estão a ser mobilizadas para ajudar no escoamento de água e nas evacuações preventivas.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, está a acompanhar de perto a situação e mantém contacto permanente com as autoridades de emergência. As previsões meteorológicas indicam que o alerta vermelho continuará em vigor pelo menos até ao final do dia, com as autoridades a apelarem à população para seguir as instruções de segurança e evitar zonas de risco.








