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Sánchez Condena Confrontos e Expressa Solidariedade com Vítimas das Cheias em Espanha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou ontem a sua solidariedade e compreensão pelo “sofrimento e angústia” das vítimas das inundações que têm devastado várias regiões de Espanha, em particular a Comunidade Valenciana. Contudo, o chefe do Governo também condenou veementemente os episódios de violência que marcaram a sua visita, em conjunto com o rei Filipe VI, a uma das áreas mais afetadas.

“Gostaria de expressar a nossa solidariedade e o reconhecimento do Governo espanhol pela angústia e o sofrimento das pessoas afetadas”, afirmou Sánchez aos jornalistas, durante um encontro com equipas de resgate em Valência. O primeiro-ministro repudiou “qualquer tipo de violência”, descrevendo os incidentes ocorridos como “momentos marginais” que não representam a população em geral.

As imagens transmitidas pela TVE mostram um veículo, aparentemente pertencente a Pedro Sánchez, com lama e um vidro traseiro partido, testemunhando a intensidade dos confrontos que ocorreram em Paiporta. Na chegada da comitiva, Sánchez e Filipe VI foram alvo de apupos, insultos e ataques com lama por parte de populares.

Durante a visita, Sánchez reforçou que o “objetivo principal é salvar vidas, recuperar os corpos daqueles que morreram devido a esta catástrofe natural e, finalmente, iniciar a tarefa de reconstrução”. Ainda assim, os ânimos exaltados entre a população obrigaram a comitiva a interromper o trajeto programado, levando ao afastamento momentâneo do rei e do presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, do grupo principal.

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As tensões em Paiporta subiram ao ponto de se ouvirem gritos de “assassinos” e “demitam-se” dirigidos tanto a Pedro Sánchez quanto a Carlos Mazón, ilustrando o descontentamento popular com a resposta das autoridades à crise.

A situação meteorológica em Espanha foi agravada por uma “depressão isolada em níveis altos” (DANA), um fenómeno que trouxe chuvas torrenciais e inundações de grande magnitude. Desde o início da tempestade, mais de 217 pessoas perderam a vida, enquanto infraestruturas de abastecimento, comunicações e transportes sofreram avultados danos. No terreno, cerca de 7.000 militares e 10.000 elementos das forças de segurança, incluindo Polícia Nacional e Guarda Civil, trabalham intensamente nas operações de resgate e assistência.

A presença do monarca e do primeiro-ministro nas zonas afetadas, acompanhados também pela rainha Letizia e pela delegada do Governo na Comunidade Valenciana, Pilar Bernabé, foi planeada como gesto de apoio às vítimas, mas o ambiente de descontentamento e protesto revelou-se um dos maiores desafios ao Governo numa das mais graves crises meteorológicas dos últimos anos em Espanha.

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