A República Democrática do Congo (RDCongo) negou pedido do consulado angolano na naquele país da África Austral, que previa a entrada provisória de camiões de carga saídos de Angola para o antigo congo belga.
Recentemente, a RDCongo proibiu a entrada de todos os transportadores angolanos, que carecem de visto de imigração para Kinshasa, visto que a Angola já exige, algum tempo, este documento aos camionistas congoleses.
Mais de 500 camionistas angolanos, que se encontram “retidos” na fronteira entre a Angola e a República Democrática do Congo, com mercadorias diversa, continuam com dificuldades de entrar para a Kinshasa, devido à falta de passaporte, documento que antes não era exigido pelas autoridades congolesas.
Licínio Fernandes, um dos responsáveis da Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), diz que, passados mais de quinze dias, o impasse persiste e parece sem à vista.
O líder associativo sublinhou que, neste momento, já há alguns bens perecíveis a apodrecer, como consequência do descongelamento dos contentores frigoríficos, parados há três semanas nas fronteiras do Noqui, Zaire, e do Luvo, Lunda Norte, províncias fronteiriças angolanas com a República Democrática do Congo
“Congoleses tiveram uma medida musculada. Os camiões que estão a meio do caminho a ir para o Congo nem vão nem vem. Existem mais de 500 camiões neste momento já e muito deles estão carregados com contentores frigoríficos já se notam o descongelamento da carga, o sangue a escorrer por si”, lamentou à ATROMA.
O responsável explicou que, há dias, o congo rejeitou um pedido do consulado angolano, que visava a a entrada provisória de camiões de carga de Angola para a República Democrática do Congo.
Na opinião de Licínio Fernandes, seria bom que a RDCongo concedesse um documento provisório para os transportadores, que precisam de se desfazer das mercadorias perecíveis, já que alguns estão abandonar os camiões na fronteira do Noqui, deslocando-se à capital angolana para tratar passaporte e o visto de entrada para República Democrática do Congo.
“Fomos ao consulado angolano no Congo Central tentamos, junto das autoridades congolesas, pedir que os camiões que estavam na fronteira, pelo menos, fossem descarregar, regressassem e a partir daí, então, começassem entrar com visto e, ainda assim, nos foi negado. Os camiões angolanos, que já estavam carregados na fronteira do Noqui, na fronteira não entram, porque os motoristas têm que vir a Luanda tratar os passaportes e, posteriormente, dos vistos.”, revelou Licínio Fernandes, financeiro Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola.