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Aeroporto de Lisboa vai para obras ainda em novembro

O Governo português anunciou que o auto de consignação para as obras de expansão do Aeroporto Humberto Delgado será assinado no dia 25 de novembro, com início imediato dos trabalhos. Esta intervenção visa melhorar a capacidade de acolhimento de passageiros e dar resposta ao crescente movimento aéreo. O ministro das Infraestrututras, Miguel Pinto Luz, confirmou que, até ao final deste mês, será assinado o auto de consignação das obras do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e que esse prazo é para cumprir.

“É público que até ao final deste mês, já o tínhamos anunciado, a ANA Aeroportos vai assinar o auto de consignação das obras do aeroporto Humberto Delgado”, afirmou o ministro Miguel Pinto Luz esta terça-feira à margem de uma cerimónia em Sines, no distrito de Setúbal.

O ministro das Infraestrututras foi questionado pelos jornalistas sobre uma notícia do Jornal de Negócios que aponta 25 de novembro como data para a assinatura do auto de consignação das obras no Aeroporto Humberto Delgado, mas não confirmou este dia. ”Não sei se é 25 de novembro. Ouvi hoje também nas notícias, sabemos que era em novembro, isso foi dito já há dois meses”, acrescentou.

Segundo a notícia do Jornal de Negócios, a assinatura do auto de consignação das obras vai marcar o arranque dos trabalhos “que vão permitir melhorar a capacidade e acomodar o maior número de passageiros” no Aeroporto de Lisboa “até que a futura infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete esteja operacional”.

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O ministro limitou-se a indicar que o Governo está “a trabalhar com a Força Aérea em relação ao AT1 [Aeródromo de Trânsito], no terreno do Campo de Tiro de Alcochete e no novo Campo de Tiro que a Força Aérea necessita e as Forças Armadas necessitam e, no momento certo”, será apresentado aquilo que está a ser feito.

“Seguramente que o prazo é para cumprir até final de novembro e, em dezembro, também é para cumprir ‘High Level Assumption Report’ que a ANA terá que apresentar no âmbito do novo aeroporto de Lisboa e isso também aguardaremos pelo dia 17 de dezembro para receber essa informação”, sublinhou.

Sobre os atrasos no arranque das obras, o ministro disse que compete à ANA explicações sobre essa matéria, acrescentando que o Governo tem feito o que lhe compete, ou seja “pressionar no sentido de garantir que essas obras são feitas”.

“Quem é utilizador hoje do aeroporto Humberto Delgado sabe que está absolutamente congestionado e que precisa de investimento que já não tinha há muito tempo. Agora tem investimento porque tem decisões, tendo decisões podemos obrigar positivamente, no sentido construtivo da palavra, o concessionário a fazer as obras a que está obrigado”, afirmou.

A ANA estima que, com estas obras, o Aeroporto Humberto Delgado aumente dos atuais 38 para 45 movimentos de aeronaves por hora. O projeto visa ainda permitir um aumento na capacidade de passageiros para entre 40 e 45 milhões anuais. Para 2025, a empresa prevê um total de 35 milhões de passageiros no aeroporto de Lisboa, um crescimento que reflete o aumento contínuo da procura.

O projeto de expansão prevê um investimento superior a 300 milhões de euros, com conclusão estimada para 2027. Entre as obras previstas estão a ampliação do terminal sul e a criação de uma nova placa de estacionamento para aeronaves, com o objetivo de aumentar a capacidade operacional do aeroporto.

Boas notícias da TAP

Questionado sobre a TAP que, segundo o jornal ECO, baixou o juro em emissão de dívida, o governante disse tratar-se de “uma ótima notícia”, considerando que a companhia aérea portuguesa “está no bom caminho em termos de gestão” e “de confiança nos mercados”.

“Sabemos que o Governo português quer prosseguir com a privatização da TAP, temos vindo a auscultar o mercado e a seu tempo daremos informações sobre isso”, concluiu.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, falava aos jornalistas à margem da assinatura do memorando de entendimento para a criação de um corredor verde entre os portos de Sines, Roterdão (Países Baixos) e Duisport (Alemanha) e a empresa Madoqua.

Este corredor verde vai permitir o transporte de combustíveis alternativos e matérias-primas baseadas em derivados de hidrogénio, como o e-amoníaco e o e-metanol, e produtos como o CO2 liquefeito, de Portugal para o noroeste da Europa.

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