A Sociedade Mineira Muapi S.A, uma diamantífera pertencente ao grupo Tchilamuina, está ser acusada de matar quatro garimpeiros na zona de Cazombo na província da Lunda Norte, na região leste de Angola
No mercado angolano desde 2016, a mina também é acusada semear terror entre os nativos que se dedicam ao garimpo artesanal.
Quatro garimpeiros morreram e várias pessoas ficaram feridas na província da Lunda Norte, no leste de Angola, na sequência de tiroteios efetuados por agentes de segurança da Sociedade Mineira Muapi S.A contra os populares.
Segundo o ativista Jordan Muacambiza, supostos agentes da diamantífera Muapi S.A surpreenderam, com tiros reais, alguns jovens, que estavam a exercer o garimpo artesanal na zona do Cazombo, tendo resultado na morte imediata de duas pessoas e o ferimentos de três garimpeiros.
Entre os mortos no 22 de outubro, constam Elias Rafael, de 19 anos, e Fininho Muquerre de 23 anos de idade, respetivamente.
“Um grupo de efetivos da empresa de segurança privada Muapi SA, em serviço da Sociedade Mineira Chissema e do projeto Milando, localizados nos municípios da Capenda-Camulemba e Chamuteba, surpreenderam garimpeiros, que se encontravam a exercer atividade de garimpo artesanal na área de Cazombo perto do bairro Kangola no Muxinda. Entretanto, os seguranças fizeram disparos que atingiram a dois garimpeiros, sendo um menor de 19 anos, que em vida respondia por Elias Rafael, e Fininho Muquerre, de 23 anos de idade, e outros três garimpeiros ficaram gravemente feridos”, denunciou.
Na localidade de Cazombo, conforme faz saber o jovem, o comandante da polícia local teria instruído os agentes da mina para limitarem os passos dos populares nas áreas de prospeção de diamantes e outras pedras preciosas.
“Segundo o depoimento de alguns populares, os efetivos afetos a empresa de segurança Muapi foram numa de Cazombo, onde o comandante Baptista Abraão Muanhica teria visitado, com proposito de limitar os movimentos de pessoas ou garimpeiros naquela área, ou seja, de modo, os populares abandonarem as zonas de garimpos, como tentaram fazer na vila de Cafunfo”, explicou.
Para um dos membros Front Line Defender em Angola, esta decisão criou uma revolta entre os nativos e os seguranças, culminando na morte de mais duas pessoas e ferimento de várias populares nas imediações da ponte do rio Chissema.
“Já as forças de segurança da empresa privada Muapi SA surpreenderam os populares, com vários disparos por formas a intimida-los. Durante a discussão houve agressão que culminou com bancadas, tendo causado ferimentos a populares. Minutos depois a segurança da Muapi S.A montou uma barricada no meio da ponte do rio Chissema, onde abriram fogo contra garimpeiros e atingiram dois garimpeiros e três ficaram feridos”, relatou Jordam Muacambiza.
Na sexta-feira, 26 de outubro, conta à fonte, no bairro Malundo, município do Nzage, na Lunda Norte, a segurança Kadiapemba também disparam mortalmente contra um homem que transportava meios de garimpo numa viatura de marca Canter sem razoes a parente.