Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre o 15.º pacote de sanções contra a Rússia, uma resposta direta à invasão da Ucrânia. O novo conjunto de medidas, que será formalmente adotado na próxima segunda-feira no Conselho de Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, visa restringir ainda mais as capacidades de financiamento da Rússia para continuar a sua guerra na Ucrânia
O foco principal do novo pacote está na chamada “frota-fantasma” russa, composta por navios-tanque que transportam petróleo russo. Esta frota tem sido uma fonte crucial de receita para Moscovo, que utiliza petroleiros antigos e sem registos oficiais para contornar as sanções impostas pela UE. Além de seu impacto económico, esses navios colocam em risco significativo o meio ambiente, devido à possibilidade de catástrofes ecológicas, como derrames de petróleo.
A nova medida impõe restrições a cerca de 50 navios-tanque envolvidos no transporte de petróleo russo, aprofundando o cerco internacional às fontes de financiamento da máquina de guerra russa. Estes petroleiros operam fora das normas internacionais e são apontados como elementos chave na evasão das sanções impostas pela comunidade internacional.
Além disso, o pacote inclui a ampliação da lista de indivíduos e entidades sujeitas a sanções, abrangendo tanto atores dentro da Rússia como em países terceiros que contribuem indiretamente para o reforço das capacidades militares e tecnológicas da Rússia. A União Europeia continua a adotar estas medidas restritivas com o objetivo de pressionar Moscovo a interromper a sua agressão militar contra a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.
Em comunicado nas redes sociais, a presidência húngara rotativa do Conselho da UE confirmou o acordo e destacou a necessidade de ação adicional contra outros navios de Estados terceiros que apoiam diretamente as ações militares da Rússia. A UE mantém, assim, a sua postura firme em relação à agressão russa, com o objetivo de continuar a apoiar a Ucrânia e isolar diplomaticamente Moscovo no cenário internacional.
Este 15.º pacote de sanções reflete a determinação contínua da União Europeia em pressionar a Rússia, ao mesmo tempo que reforça a sua solidariedade com a Ucrânia, que permanece no centro do conflito com o apoio crucial da comunidade internacional.
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