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E o tempo continua a passar…

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Se há algo certo na vida, é a passagem do tempo. Nesta longa caminhada, em que o tempo parece sempre avançar sem cessar, há algo que não muda: a sucessão de oportunidades mal aproveitadas e decisões equivocadas no município de Castelo Branco.

Olhemos, por exemplo, para a cobertura danificada do Centro de Cultura Contemporânea. Há três anos, uma tempestade causou-lhe estragos significativos. Três anos decorreram e as barreiras de segurança ainda lá permanecem, limitando o acesso de todos a um espaço no coração da cidade.

Este, entre outros, é um exemplo que retrata a realidade geral de Castelo Branco, de como certos problemas se arrastam sem solução, como se o tempo resolvesse o que exige ação. E, enquanto o tempo passa, é Castelo Branco e os seus habitantes que ficam para trás. Ano após ano, assistimos à migração de jovens e de talento para o litoral ou mesmo para fora do país, em busca de oportunidades que satisfaçam as suas ambições.

E, afinal, qual foi a solução apresentada para o espaço danificado? Um auditório para conferências.
Paralelamente, com grande aparato, anunciou-se a construção de um pavilhão multiusos cuja função incluirá… também conferências. Será que Castelo Branco carece de espaços para conferências?

Basta pensar nos auditórios e espaços do Cine Teatro Avenida, do próprio Centro de Cultura
Contemporânea, da Biblioteca Municipal, do CEI, do IPDJ, dos hotéis e nos diversos auditórios do IPCB. Em construção ou planeamento, temos ainda um auditório do novo centro de empresas na antiga Guarda Fiscal, o pavilhão multiusos e, agora, o auditório por baixo do Centro de Cultura Contemporânea.

A maioria destes auditórios pode ser facilmente utilizada ou cedida para conferências e, aliás, muitos permanecem desocupados por longos períodos. Qual é, então, a necessidade de criar mais três auditórios?
O que aqui se questiona é o sentido de oportunidade e a pertinência destas decisões. Estas escolhas, aliadas aos atrasos e à falta de eficiência, têm um custo muito alto, pago pelos albicastrenses, tanto os que aqui permanecem, como os que, por força das circunstâncias, já partiram para outros locais…

É possível fazer melhor. Castelo Branco pode, e deve, ser uma cidade vibrante, liderando o
desenvolvimento da região. Não somos diferentes de outras cidades e temos todas as condições para reverter esta fuga constante de talento. Mas, para isso, é preciso que o poder político local seja ágil, eficiente e estratégico. Não basta construir por construir só para mostrar obra feita. É fundamental agir com visão, para que o tempo passe, sim, mas que seja em direção ao progresso.

Pedro Roque
Coordenador da Iniciativa Liberal de Castelo Branco

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