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CDU e SPD Apresentam Estratégias Divergentes para a Economia e Migrações nas Eleições Antecipadas de Fevereiro

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A separação entre a CDU (União Democrata Cristã) e o SPD (Partido Social-Democrata) nas sondagens é significativa, com cerca de 15 pontos percentuais de diferença, colocando Friedrich Merz, da CDU, em vantagem. No entanto, os dois partidos apresentam propostas distintas para questões cruciais como a economia e as migrações, que marcarão o cenário das eleições legislativas antecipadas, a ocorrerem em fevereiro de 2025.

Após a queda do governo de Olaf Scholz, que perdeu uma moção de confiança no parlamento, os principais partidos alemães revelaram formalmente os seus programas eleitorais. O SPD, liderado por Scholz, procura distanciar-se das críticas, enfatizando as suas conquistas na gestão da crise energética e o aumento do salário mínimo. O partido social-democrata propõe um aumento do salário mínimo para 15 euros por hora, benefícios fiscais para trabalhadores de rendimentos baixos e médios, e IVA reduzido no setor da restauração, além de uma maior acessibilidade à habitação. Para estimular a economia, o SPD propõe a criação de um fundo extraordinário de 100 mil milhões de euros destinado a investimentos privados e modernização das infraestruturas.

Já a CDU, com Friedrich Merz à frente, defende uma “mudança política” para a Alemanha. Os conservadores pretendem adotar um controlo mais rigoroso sobre as finanças públicas, seguindo o “travão constitucional da dívida”, que limita o endividamento do país a 0,35% do PIB. A CDU/CSU propõe ainda a redução da carga fiscal sobre as empresas, a abolição da sobretaxa de solidariedade e melhorias nos subsídios à habitação para famílias jovens. Os conservadores também defendem a redução do IVA sobre alimentos no setor da restauração, de 19% para 7%, e medidas para baixar os preços da eletricidade.

No campo das migrações, as diferenças entre os dois partidos são evidentes. O SPD aposta numa abordagem mais humanitária, não querendo endurecer a política de asilo e migratória, mas sim acelerando os processos de asilo através de uma modernização administrativa. A CDU/CSU, por sua vez, propõe um endurecimento das políticas de migração, com medidas como o congelamento de novas entradas provenientes de outros países da União Europeia ou do espaço Schengen. Os conservadores defendem que a Alemanha precisa de mão-de-obra qualificada e que a migração ilegal está a sobrecarregar o sistema de integração do país.

As eleições antecipadas em fevereiro terão um impacto significativo, com a economia da Alemanha em contração e grandes empresas a anunciarem despedimentos. O fracasso do governo de Scholz em manter a confiança da população e dos investidores levanta ainda mais incertezas sobre o futuro político do país.

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