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Marcelo quer mais solidariedade institucional

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A “solidariedade institucional” entre o Presidente da República e o Governo existe mas “não é suficiente” e exige algo mais: “Cooperação estratégica”, avisou o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, falando no Palácio de Belém para o primeiro-ministro e para todo o elenco ministerial, que lhe foram apresentar, como é tradicional nesta altura, cumprimentos de boas festas. O elenco governativo foi transportado pela Carris, não sabemos se pagaram a tarifa de bordo…

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que o Governo está em contrarrelógio desde que iniciou funções há oito meses, com o primeiro-ministro a procurar estar em todo o lado, numa conjuntura internacional difícil que exige cooperação estratégica.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de boas festas por parte do Governo, na Sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, a primeira com Luís Montenegro no cargo de primeiro-ministro, que utilizou um autocarro da Carris, acompanhado por todo o seu elenco governativo, para se transportar até ao Palácio de Belém.

Luís Montenegro descreveu a sua relação com Marcelo Rebelo de Sousa como “solidariedade estratégica e cooperação produtiva”, referindo que “tem sido um privilégio interagir com a Presidência da República e, em especial, com o senhor Presidente da República”.

As conversas com o presidente, quis fazer notar o primeiro-ministro em Belém, “têm sido imprescindíveis” na ação do Executivo da Aliança Democrática.

“As conversas que temos mantido, os encontros que temos realizado, as reflexões que temos trocado têm sido imprescindíveis”, enfatizou o chefe do Executivo, para então resumir a relação com a Presidência como uma combinação de “solidariedade estratégica” e “cooperação positiva”.

“Temos estado juntos a pensar e a realizar análises prospetivas para o país e na procura de resultados”, vincou.

Essa colaboração, explicou, sentiu-se do ponto de vista das suas reflexões, “da sua muito marcante sensibilidade cívica e social, do seu conhecimento do país, da sua visão de futuro, da sua visão das grandes transformações e evoluções que acontecem à escala europeia e à escala mundial”.

“O senhor Presidente da República é uma personalidade que tem efetivamente uma sensibilidade social muito acentuada e que nos transmite e sensibiliza também. Isso tem sido importante para nós aprimorarmos todas as medidas que garantem um Estado social salvaguardado, ao mesmo tempo que lançam as bases de estimular a criação de riqueza, porque só a criação de riqueza é capaz de promover a justiça social”, acentuou.

Além da solidariedade estratégica e da cooperação produtiva, o primeiro-ministro sublinhou ainda “uma muito forte relação institucional e pessoal” com Marcelo Rebelo de Sousa.

Acudir a “vários fogos”

Por seu turno, o presidente da República declarou que o Governo de Montenegro está há oito meses “em contrarrelógio”.

“Foram oito meses de corrida em contrarrelógio por parte deste Governo. Sabe que um dia perdido pode ser irrecuperável”, avaliou Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da intervenção do primeiro-ministro.

Ainda segundo Marcelo, o primeiro-ministro tem tentado “estar em toda a parte ao mesmo tempo”.

Depois, deixou um recado ao Governo PSD/CDS, partindo da atual conjuntura mundial, que caracterizou como extremamente complexa: “Solidariedade institucional é importante, mas não é suficiente. Tem de haver no presente cooperação estratégica”

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