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Embaixador israelita nega fome em Gaza e minimiza mortes devido ao frio: “É uma piada”

Oren Rosenblat, embaixador de Israel em Portugal, causou controvérsia na sexta-feira ao negar a existência de fome e sede na Faixa de Gaza, afirmando que as condições no enclave são distorcidas pela mídia. Em entrevista à CNN Portugal, o diplomata afirmou que “não há fome e não há sede em Gaza. Nunca houve”. Rosenblat acrescentou que “as pessoas até são gordas na Faixa de Gaza”, desafiando a narrativa prevalente sobre a situação humanitária na região.

Para sustentar as suas declarações, o embaixador israelita afirmou ainda que a população de Gaza tem acesso a água proveniente de linhas de água de Israel e não depende de garrafas. “As pessoas de Gaza não bebem água de garrafas, elas bebem de linhas de água que são de Israel também”, declarou.

Confrontado com os relatos de mortes de bebés devido ao frio em Gaza, Rosenblat foi contundente: “Isso é piada. Isso é piada. É triste o que a televisão portuguesa disse sobre isso. A temperatura de Gaza é como o Algarve ou como Marrocos. Não há temperaturas abaixo dos 10 graus”, disse, desconsiderando as alegações de uma crise humanitária relacionada com o clima.

Estas declarações surgem no seguimento de outra entrevista da semana passada, na qual Rosenblat também minimizou a gravidade da situação em Gaza, dizendo que “não é tão má como se vê na televisão portuguesa”.

Além disso, o embaixador comentou o recente acordo entre Israel e o Hamas, afirmando que o pacto é “agridoce”. “Nós vamos lutar até que todos os reféns sejam resgatados e até eliminar as capacidades civis e militares do Hamas”, disse, destacando o compromisso contínuo de Israel em resolver a crise.

O acordo de cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e pelo Qatar, foi anunciado na quarta-feira e deverá entrar em vigor no domingo, com a troca de reféns a ser iniciada durante a tarde. A segunda fase do acordo envolve a distribuição de ajuda humanitária e a reparação de infraestruturas de saúde em Gaza.

A escalada de violência começou em outubro de 2023, após os ataques do Hamas contra Israel, que resultaram em quase 1.200 mortos e 250 reféns. Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos, segundo autoridades de Gaza, enquanto mais de 850 pessoas foram vítimas de ataques israelitas na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

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