Deputado Municipal Hugo Rego entrega abaixo-assinado na Associação de Regantes de Idanha-a-Nova
O Deputado Municipal Hugo Rego entregou hoje, na Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova, entidade gestora da obra do regadio da Campina de Idanha-a-Nova, um abaixo-assinado contra o projecto de exclusão das chamadas hortas e quintais do Ladoeiro do perímetro de rega.
Recorde-se que, como ORegiões noticiou em edições anteriores, a ARBI tem em curso um projecto de modernização do regadio, cuja consulta pública decorreu até há pouco, que prevê que os prédios e parcelas de prédios localizados na zona urbana do Ladoeiro deixem de ser abastecidos da água do regadio, pela ARBI.
Apesar de a área a excluir representar uma pequena parte de toda a área regada nesta freguesia, «o abastecimento de água a estas hortas e quintais reveste-se de uma componente social que não pode ser descurada», como adiantou o deputado Hugo Rego a O Regiões.
«Como é obvio, não estamos nem nunca estivemos contra o projecto de modernização da obra do regadio, cujas motivações compreendemos e aceitamos. Simplesmente, entendemos que esta exclusão é ilegal e imoral».
Segundo Hugo Rego é «inaceitável que esta povoação, há tantos anos ligada ao regadio, seja agora preterida a pretexto de uma obra de modernização».
O deputado afirma ainda que «os ladoeirenses não merecem ser tratados desta forma, sobretudo quando é certo que os produtos hortícolas e frutícolas cultivados nas hortas e nos quintais representam para as famílias, e sobretudo para os idosos, um complemento muito significativo para a sua economia doméstica».
O deputado refere também que «esta povoação já está sujeita ao pior que a agricultura intensiva representa, com a utilização massiva e constante de produtos químicos, e ainda assim lhe querem retirar algumas das vantagens que tem por estar situada no coração do perímetro de rega.»
Em declarações prestadas a ORegiões Hugo Rego apontou ainda o dedo à forma como está a ser gerido o assunto dos regantes precários. «Tenho informações que me levam a acreditar que a exclusão de algumas áreas de regadio precário, em benefício da inclusão de outras que estavam em situação idêntica ou até menos favorável, pode ter sido feita de forma pouco transparente e mesmo arbitrária.»
«Sei que há processos em tribunal e por isso devemos deixar actuar a justiça quanto a essa questão. Mas não vamos baixar os braços, estando previstas outras formas de actuação para que ninguém saia prejudicado de todo este processo», afirmou Hugo Rego.