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Amnistia Internacional Critica União Europeia por “Tentativa Vergonhosa” de Justificar Genocídio em Gaza

A Amnistia Internacional (AI) criticou duramente a União Europeia (UE) pela ausência de qualquer referência a Israel nas conclusões do Conselho Europeu sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização não-governamental (ONG) considera essa omissão uma “tentativa vergonhosa” de justificar um genocídio e crimes de guerra contra os palestinianos

Críticas à posição da União Europeia

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Amnistia Internacional sublinhou que, após 17 meses de conflito, é “extraordinário” que a UE continue a evitar mencionar Israel ou condenar os bombardeamentos que resultaram na morte de inúmeras famílias palestinianas, bem como o bloqueio da ajuda humanitária à população de Gaza.

A ONG alertou ainda que a ausência de uma posição mais firme por parte dos líderes europeus “é mais uma tentativa vergonhosa de tentar justificar o genocídio de Israel e os crimes de guerra contra os palestinianos”.

Desde outubro de 2023, a UE mantém-se dividida quanto à operação militar israelita em Gaza, com alguns Estados-membros a apoiarem Israel e outros a exigirem um cessar-fogo imediato. A Amnistia Internacional apelou aos países que continuam a fornecer armamento ao exército israelita para cessarem imediatamente esse apoio, argumentando que tal ação viola obrigações internacionais para prevenir um genocídio.

Decisões do Conselho Europeu e reação internacional

Reunido em Bruxelas, o Conselho Europeu manifestou preocupação com o fim do cessar-fogo na Faixa de Gaza e lamentou o “grande número de vítimas” nos bombardeamentos israelitas. No entanto, o organismo não fez qualquer menção a Israel no seu comunicado oficial.

De acordo com as conclusões da cimeira, os líderes dos 27 Estados-membros deploraram a quebra do cessar-fogo e a recusa do Hamas em libertar os reféns israelitas. Além disso, pediram o imediato restabelecimento da trégua, que estava em vigor desde janeiro e tinha permitido a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

Israel justificou a retoma da ofensiva militar na madrugada de terça-feira, alegando que o Hamas estaria a rearmar-se durante o período de cessar-fogo e que era necessário aumentar a pressão para libertar os reféns capturados pelo grupo islamita em 7 de outubro de 2023.

O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, apelou à comunidade internacional para forçar Israel a retomar o cessar-fogo e avançar para a segunda fase do acordo de tréguas. Contudo, ambas as partes não chegaram a um consenso sobre os termos da próxima fase do acordo, levando à escalada do conflito.

Balanço da ofensiva israelita

Desde a retoma dos bombardeamentos na Faixa de Gaza, pelo menos 591 palestinianos foram mortos e mais de 1.042 ficaram feridos nas últimas 72 horas, segundo informações divulgadas pelo governo do Hamas. O número de vítimas continua a aumentar, agravando a crise humanitária na região, já assolada por meses de conflito e bloqueio ao acesso de suprimentos essenciais.

Com a comunidade internacional a pressionar por um novo cessar-fogo e soluções diplomáticas, a crise no Médio Oriente continua a polarizar posições, enquanto milhares de civis permanecem sob ameaça constante.

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