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Energias Renováveis Ilibadas: Aliança Solar Internacional Rejeita Culpa no Apagão Ibérico

A Aliança Solar Internacional (ISA) rejeitou categoricamente qualquer responsabilidade das energias renováveis no apagão de 28 de abril que deixou grande parte de Portugal, Espanha e até parte do território francês sem eletricidade. O diretor-geral da organização, Ashish Khanna, afirmou que não existem provas de que a falha generalizada no fornecimento elétrico tenha sido causada por fontes renováveis, como a energia solar.

Khanna, que assumiu a liderança da ISA em março deste ano, garantiu, em declarações à agência Efe, que as causas do apagão parecem estar relacionadas sobretudo com questões técnicas, especialmente ao nível da transmissão e escoamento de energia elétrica. A investigação oficial ainda decorre, mas os dados preliminares apontam para falhas estruturais no sistema de transporte de eletricidade, e não na produção a partir de fontes limpas.

A ISA, uma aliança que reúne 123 países sob a liderança da França e da Índia, tem defendido uma transição energética sustentável e segura. Khanna reforçou que o armazenamento de energia e a modernização das infraestruturas de transmissão são fundamentais para evitar incidentes semelhantes no futuro, sobretudo em períodos sem produção solar.

O responsável comparou a situação europeia com a da Índia, onde já se encontra instalada uma capacidade de quase 100 gigawatts de energia solar, muito superior à da Europa, sem que se tenham registado apagões atribuídos à utilização dessa fonte. Segundo Khanna, também a China apresenta valores de capacidade ainda mais elevados e, ainda assim, não se observam interrupções causadas pela energia solar. Estes exemplos internacionais, defendeu, provam que as energias renováveis não representam o principal problema.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de um comité de peritos para apurar as causas do apagão, classificado como “excecional e grave”. Este comité deverá apresentar um relatório factual até 28 de outubro deste ano, o qual servirá de base para o relatório final, com publicação prevista até 30 de setembro de 2026.

Em Portugal, a REN – Redes Energéticas Nacionais reagiu ao incidente com a implementação de medidas imediatas. A gestora do sistema decidiu aumentar o limite de importação de eletricidade de Espanha durante as horas solares e suspender as restrições anteriormente em vigor para os restantes períodos do dia. Estas ações integram o esforço de estabilização do Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel) após o colapso energético do final de abril.

O apagão causou perturbações significativas nos dois países, com encerramento de aeroportos, falhas nos transportes públicos, congestionamentos nas principais cidades e interrupções no abastecimento de combustíveis. A dimensão do incidente revelou fragilidades na infraestrutura elétrica da Península Ibérica, mas, segundo a ISA, não se pode apontar o dedo às energias renováveis.

A posição da Aliança Solar Internacional representa uma defesa clara da transição energética sustentável e do papel crescente que as energias limpas assumem no futuro da produção elétrica global. Para Khanna, o desafio reside na capacidade de adaptação das redes elétricas e não na natureza das fontes de energia utilizadas.

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