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Banca rejeita proposta de aumento salarial de 2,9% e trava recuperação do poder de compra dos trabalhadores

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) denunciou hoje a recusa da maioria das instituições bancárias em aceitar a sua proposta de aumento salarial de 2,9% para 2025, acusando o setor de comprometer a recuperação dos rendimentos dos trabalhadores e pensionistas.

Segundo comunicado divulgado esta quinta-feira, o SNQTB apresentou uma proposta reformulada para o próximo ano, que previa um aumento de 2,9% nos salários, pensões e restantes cláusulas com expressão pecuniária das convenções coletivas em vigor. Esta proposta teve por base a mais recente estimativa da inflação para 2025, fixada nos 2,3%, com o objetivo de garantir um acréscimo real de 0,6% no poder de compra.

A estrutura sindical sublinhou que a proposta visava manter o princípio da recuperação do poder de compra, num quadro económico marcado pela estabilidade inflacionária e pelos lucros robustos do setor bancário.

“A banca optou por rejeitar esta proposta atualizada e responsável, demonstrando uma total indisponibilidade para repor o poder de compra dos trabalhadores do setor”, afirmou o SNQTB, que criticou também a atuação de outras estruturas sindicais. Segundo o sindicato, essas entidades assinaram acordos sem salvaguardas adequadas, enfraquecendo a posição negocial dos representantes laborais e afetando negativamente os interesses de todos os trabalhadores bancários.

O sindicato recordou ainda que, no âmbito das negociações para 2024, já tinha apresentado uma proposta de atualização salarial de 2,5%, acompanhada de uma cláusula de salvaguarda para o caso de agravamento da inflação. No entanto, essa cláusula foi rejeitada pelos bancos, que aceitaram apenas o aumento nominal de 2,5%, apesar da inflação projetada de 1,9%.

Para o SNQTB, esta postura evidencia uma “falta de compromisso com os trabalhadores”, num momento em que os bancos continuam a apresentar lucros significativos. Ainda assim, o sindicato manifesta esperança de que “a situação possa ser corrigida”, apelando a uma reabertura do diálogo que tenha em consideração a solidez financeira do setor e a urgência em valorizar os profissionais bancários.

O SNQTB reafirmou o seu empenho em lutar pela melhoria das condições laborais e pelo respeito pelas convenções coletivas, sublinhando que continuará a defender uma atualização justa e realista dos salários e pensões.

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