Lisboa, Porto, Setúbal e Faro são os distritos onde houve mais despejos nos primeiros seis meses do ano. Em média, foram realizados 130 despejos por mês, um crescimento de quase 60% em relação à média mensal de todo o ano de 2024.
O número de despejos está a aumentar este ano. Pelo menos 130 famílias são postas na rua todos os meses. A principal razão são rendas em atraso, mas há relatos de muita pressão sobre idosos com rendas baixas.
Em média, foram realizados 130 despejos por mês, um crescimento de quase 60% em relação à média mensal de todo o ano de 2024. Lisboa, Porto, Setúbal e Faro são os distritos onde houve mais despejos nos primeiros seis meses do ano.
De acordo com o Jornal de Notícias, que cita números do Ministério da Justiça, o incumprimento do pagamento da renda é a principal razão dos requerimentos dos senhorios. No entanto, as associações de inquilinos denunciam pressões constantes sobre arrendatários, sobretudo os mais idosos, para entregarem as casas e, assim, poderem aumentar as rendas.
Quando um inquilino não paga a renda, o proprietário pode avançar com uma ação no Balcão do Arrendamento ou com uma ação em Tribunal, o que pode levar a processos demorados.
Só nos primeiros seis meses do ano já foram emitidos quase 800 títulos de desocupação de habitação, quando no ano inteiro de 2024 foram emitidos cerca de mil. Milhares de outros processos aguardam a decisão dos tribunais.
Estes são os números conhecidos, mas o valor deverá estar longe da realidade porque inúmeros contratos de arrendamento não cumprem a legalidade.
Muitos senhorios e proprietários optam também por não renovar os contratos no fim do prazo, obrigando os inquilinos a sair, sem se tratar formalmente de uma ação de despejo.
Ainda de acordo com o Jornal de Notícias, entre janeiro e junho deste ano, foram sinalizadas junto da Linha Nacional de Emergência Social, 787 pessoas desalojadas e foram apoiadas mais de 1400 pessoas com respostas de acolhimento.