Sábado,Agosto 23, 2025
19 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Ventura exige ação imediata e acusa Governo de esconder-se em Lisboa durante crise dos incêndios

O presidente do Chega, André Ventura, defendeu esta quinta-feira que os líderes políticos devem marcar presença no terreno durante os incêndios, especialmente quando a situação se aproxima do descontrolo, criticando o que considerou ser uma “gestão desastrosa” da resposta do Governo à vaga de fogos que tem assolado o país.

Durante uma visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão, onde entregou mantimentos como águas, sumos e alimentos, Ventura lançou um apelo direto aos restantes partidos e líderes políticos: “Todos temos o dever de fazer alguma coisa. Esta ajuda do Chega não resolve o problema, mas é o melhor exemplo que podemos dar.”
Sublinhando a importância simbólica da presença de responsáveis políticos junto dos operacionais, o líder do Chega alertou que “os políticos devem estar ao lado das populações e das forças no terreno, não escondidos em Lisboa”, referindo que esse gesto representa uma mensagem de apoio e solidariedade “num momento em que muitos se sentem esquecidos pelo poder central”.

Apesar de ressalvar que a presença de figuras políticas não deve interferir com as operações de combate, Ventura insistiu que é nos momentos críticos que a liderança se deve afirmar: “É quando os fogos estão ativos que os políticos devem estar presentes, não quando tudo já terminou.”

O líder do Chega foi particularmente crítico da atuação do Governo nesta época de incêndios, apontando falhas graves no planeamento e na resposta operacional: “Ainda hoje combatemos incêndios que há muito deviam ter sido extintos. A ajuda internacional foi pedida tarde e o planeamento falhou.”

Ventura acrescentou que o debate político sobre esta situação será aprofundado na próxima semana, no Parlamento, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, marcado para 27 de agosto. Ainda assim, apontou já responsabilidades à ministra da Administração Interna, acusando-a de “não querer saber das forças no terreno” e de se recusar a prestar esclarecimentos à população e aos deputados.

Questionado sobre se o primeiro-ministro deveria visitar as zonas afetadas, Ventura respondeu afirmativamente, embora reconhecendo que a decisão cabe a Montenegro: “Também devia. Mas o critério é dele. Tem a sua agenda. No entanto, os bombeiros e as forças de segurança precisam de sentir que os políticos estão com eles, nem que seja nas pequenas coisas.”

O líder do Chega reiterou ainda a necessidade de reformar profundamente a abordagem nacional aos fogos rurais, defendendo “um novo planeamento do território, penas severas para incendiários e o fim do negócio dos incêndios”, sugerindo como prioridade imediata a atuação mais eficaz dos meios aéreos para evitar reacendimentos.

Portugal continental tem sido duramente atingido por incêndios de grandes proporções, especialmente nas regiões Norte e Centro. Desde julho, registaram-se três mortos e vários feridos. De acordo com dados oficiais provisórios, até 21 de agosto arderam cerca de 234 mil hectares, mais de 53 mil dos quais apenas no incêndio de Arganil.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.