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Incêndios Florestais Batem Recorde Histórico na União Europeia: Mais de Um Milhão de Hectares Devastados em 2025

A área ardida na União Europeia (UE) em 2025 já ultrapassou um milhão de hectares, estabelecendo um novo recorde anual desde o início dos registos do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), em 2006. Até esta quinta-feira, os incêndios destruíram 1.015.731 hectares, de acordo com estimativas provisórias recolhidas pela agência AFP com base nos dados nacionais disponibilizados pelo EFFIS.

O valor agora alcançado supera o anterior máximo registado em 2017, ano em que os fogos consumiram 988.524 hectares. A marca de 2025 confirma-se, assim, como a mais devastadora em quase duas décadas de observação sistemática via satélite através do programa europeu Copernicus.

Entre os países mais atingidos encontra-se Espanha, que viu cerca de 400.000 hectares do seu território consumidos pelas chamas, o que representa quase 40% da área total ardida na UE. Aquele país enfrenta há semanas uma intensa vaga de incêndios nas regiões noroeste e oeste.

Portugal surge em segundo lugar, com uma estimativa de 274.000 hectares ardidos até ao meio do dia de 21 de agosto, valor que, embora distante do recorde nacional de 2017 (563.530 hectares), constitui um novo máximo para esta data específica no calendário. O verão de 2025 está, portanto, entre os mais severos do século no que diz respeito à extensão dos fogos florestais em território nacional.

A Roménia ocupa a terceira posição, com 126.000 hectares devastados, enquanto Chipre, Alemanha e Eslováquia também superaram os seus próprios recordes anuais, segundo os dados mais recentes do EFFIS.

Fora do espaço comunitário, o Reino Unido e a Sérvia enfrentaram igualmente temporadas excepcionais de incêndios. No caso britânico, os fogos começaram logo na primavera, agravados por uma onda de calor precoce.

O impacto ambiental destes incêndios é igualmente alarmante. Entre 1 de janeiro e 19 de agosto, as emissões de dióxido de carbono (CO2) associadas aos incêndios florestais nos 22 países da UE atingidos atingiram as 35 megatoneladas, um valor sem precedentes nesta fase do ano. O pior registo anual data de 2017, com 41 megatoneladas.

As perdas humanas continuam a ser uma consequência trágica. Até ao momento, morreram quatro pessoas em Espanha, três em Portugal, duas no Chipre e uma em França. Em 2017, ano mais negro em número de vítimas, perderam a vida mais de 200 pessoas, sobretudo em Portugal, mas também em Itália, Espanha e França.

A Comissão Europeia, face ao agravamento da situação, já demonstrou disponibilidade para apoiar os países mais afetados através de fundos de emergência, nomeadamente o Fundo Social Europeu, que poderá ser mobilizado para a recuperação das zonas devastadas.
A escalada dos incêndios em 2025 reforça os alertas científicos sobre o impacto das alterações climáticas na frequência e intensidade dos fogos florestais, exigindo uma resposta coordenada, urgente e estruturada por parte das autoridades nacionais e europeias.

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