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Eurovisão vota participação de Israel no Festival em Novembro

A União Europeia de Radiodifusão (UER) vai realizar em Novembro uma votação para decidir se Israel participa no Festival Eurovisão da Canção de 2026. A decisão surge após uma carta da sua presidente, Delphine Ernotte, reconhecer uma «diversidade de opiniões sem precedentes» sobre a presença da emissora israelita KAN.

A votação extraordinária ocorrerá durante a Assembleia Geral da UER, antecipada para o início de Novembro. O tema seria inicialmente debatido em Dezembro, mas o Conselho Executivo optou por acelerar o processo face à crescente pressão política e mediática.

Delphine Ernotte admitiu que o Conselho Executivo reconhece não ser possível chegar a uma posição consensual quanto à participação de Israel, dada a multiplicidade de opiniões em confronto. Vários países já ameaçaram boicotar a Eurovisão de 2026 caso a candidatura israelita seja aceite, entre eles Espanha, Irlanda, Países Baixos, Eslovénia e Islândia.

Países que confirmam presença

Apesar do clima de tensão, algumas emissoras garantiram a sua participação, independentemente da decisão final. França e Austrália confirmaram que estarão presentes no concurso, mesmo que Israel seja autorizado a competir. Outras televisões nacionais mantêm a decisão em aberto, condicionada ao desfecho da votação na UER.

Contexto internacional

A polémica decorre sobretudo do conflito em Gaza, que intensificou a pressão diplomática sobre Israel e provocou protestos em várias capitais europeias. Para alguns membros da UER, a presença de Israel contraria princípios de direitos humanos e põe em causa a neutralidade que deve caracterizar a Eurovisão.

Este não é o primeiro caso em que a política se cruza com o festival. Em 2022, a Rússia foi excluída do concurso após a invasão da Ucrânia, criando um precedente de exclusão por motivos ligados a conflitos internacionais.

Impacto possível

Se a votação em Novembro aprovar a participação israelita, os países que ameaçaram boicote terão de decidir se mantêm a posição ou se alinham com a maioria, o que poderá alterar significativamente a estrutura da competição. Pelo contrário, se a UER decidir não permitir a presença da KAN, a medida poderá ser interpretada como cedência a pressões políticas, abrindo espaço para disputas legais ou reclamações por parte da emissora israelita.

Próximos passos

A Assembleia Geral da UER em Novembro será o palco da decisão, que deverá ser comunicada de imediato ou nos dias seguintes. Até lá, as emissoras nacionais vão debater internamente os valores de inclusão, independência e neutralidade que orientam o festival, enquanto os fãs da Eurovisão aguardam por uma resposta que poderá redefinir a identidade do concurso.

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