Terça-feira,Outubro 14, 2025
21.8 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Cessar-fogo anunciado após libertação de vinte reféns israelitas

Esta Segunda-feira, o Hamas libertou vinte reféns israelitas com vida após mais de setecentos dias de cativeiro, em virtude de um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. Em contrapartida, Israel libertou cerca de dois mil prisioneiros palestinianos, dando início a um clima de esperança e mobilizando uma cimeira de paz no Egipto com líderes internacionais presentes.

Libertações e medidas humanitárias em curso

A devolução dos reféns ocorreu em duas fases: às sete horas da manhã (hora de Lisboa) receberam-nos no norte de Gaza, sob guarda do Comité Internacional da Cruz Vermelha, sete pessoas; três horas depois, no sul do enclave, libertaram-se os restantes treze. Entre os libertados figuram cidadãos com dupla nacionalidade germano-israelita.

Famílias esperavam ansiosas na Praça dos Reféns, em Telavive, onde se verificaram momentos emocionantes com aplausos e lágrimas. Os reféns foram conduzidos à base militar de Reim para exames médicos e reencontros familiares.

Paralelamente, Israel iniciou a libertação de aproximadamente dois mil detidos palestinianos, entre eles duzentos e cinquenta sentenciados à prisão perpétua por envolvimento em ataques, bem como mil e setecentos detidos desde Outubro de dois mil e vinte e três.

Cimeira em Sharm el-Sheikh e ausências notadas

Logo após discursar no parlamento israelita (Knesset), o Presidente Donald Trump deslocou-se ao Egipto para co-presidir à cimeira de paz em Sharm el-Sheikh com Abdel Fattah al-Sisi. Marcaram presença mais de vinte líderes mundiais, entre os quais Sánchez, Macron, Merz, Meloni e Starmer.

Representantes oficiais de Israel e Hamas, porém, não participaram presencialmente no encontro, o que gerou críticas quanto à legitimidade do diálogo.

O plano de paz de vinte pontos apresentado no encontro propõe a retirada parcial israelita de Gaza, o desarmamento do Hamas e a supervisão internacional da reconstrução do território.

Desafios no caminho da paz

Apesar da comemoração, persistem obstáculos à implementação plena do acordo. Um Conselho de Paz internacional deverá gerir a transição política em Gaza.

O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, declarou que as investigações de alegados crimes de guerra prosseguirão nos tribunais internacionais, sublinhando que a rendição de responsabilidade não ficará suspensa.

Desde o cessar-fogo parcial, cerca de seiscentos camiões diários de ajuda humanitária entram em Gaza — volume considerado mínimo pela ONU para suprir as necessidades mais urgentes.

O Reino Unido comprometeu-se a doar mais vinte milhões de libras e a organizar uma conferência de três dias dedicada à reconstrução de Gaza.

Em Gaza, os efeitos da guerra são devastadores: os mortos ultrapassam os sessenta e sete mil palestinianos, e cerca de noventa por cento das habitações foram destruídas.

A libertação dos vinte reféns marca o momento mais tangível do cessar-fogo acordado — mas o seu êxito dependerá da concretização dos passos subsequentes do plano de paz e da cooperação internacional. Ainda hoje preveem-se discussões sobre segurança, reconstrução e fiscalização externa do processo de transição em Gaza.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor