Presidente dos EUA disse ter conversado por duas horas e meia com o líder russo; encontro com o ucraniano foi classificado como “produtivo”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que o presidente russo, Vladimir Putin, demonstrou interesse em encerrar a guerra na Ucrânia, mas reconheceu que o gesto pode ser uma estratégia para ganhar tempo.
“Conversei com ele [Putin] ontem por duas horas e meia, discutimos muitos detalhes. Ele quer acabar com isso, acho que o presidente [Volodymyr] Zelensky quer acabar com isso — agora temos que fazer isso”, declarou Trump durante um almoço com o líder ucraniano na Casa Branca.
Apesar da declaração otimista, o presidente norte-americano admitiu preocupação com as intenções do Kremlin.
“Estou [preocupado]. Sabe, fui enganado a vida toda pelos melhores deles, e me saí muito bem”, afirmou. “Acho que ele quer fazer um acordo.”
Zelensky expressa confiança e fala em garantias de segurança
Após o encontro, Volodymyr Zelensky classificou a conversa com Trump como “produtiva” e disse confiar que o presidente dos EUA está comprometido em buscar o fim do conflito.

“Confiamos nos Estados Unidos. Confiamos no presidente, que ele quer acabar com esta guerra”, afirmou o líder ucraniano.
Zelensky destacou que o diálogo incluiu discussões sobre armas de longo alcance e garantias bilaterais de segurança, mas evitou dar detalhes sobre o teor das negociações.
“Falamos sobre isso, também sobre longo prazo, é claro, e não quero fazer declarações sobre isso. Decidimos não falar porque ninguém quer, sabe, os Estados Unidos não querem uma escalada”, disse.
O presidente ucraniano reforçou ainda o desejo de contar com participação ativa dos Estados Unidos na segurança da Ucrânia.
“Um dos tópicos que discutimos com o presidente Trump foi sobre garantias de segurança. Queremos que os Estados Unidos participem da segurança”, concluiu.
O encontro entre Trump e Zelensky ocorre em meio a esforços internacionais para buscar uma solução diplomática para o conflito, iniciado em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o território ucraniano. A guerra já provocou dezenas de milhares de mortes e causou uma das maiores crises humanitárias da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.