Apple garante exclusividade na transmissão da Fórmula 1 nos Estados Unidos durante cinco anos
A Apple assegurou os direitos exclusivos de transmissão da Fórmula 1 (F1) nos Estados Unidos através de um acordo avaliado em cerca de 700 milhões de dólares, o equivalente a quase 600 milhões de euros. O contrato, de duração quinquenal, marca uma das maiores apostas da gigante tecnológica no desporto motorizado e representa um passo significativo na sua estratégia de expansão no segmento de conteúdos desportivos.
Até agora, os direitos de transmissão da Fórmula 1 em território norte-americano pertenciam à ESPN, canal detido pela Disney. Com este novo acordo, a Apple TV+ passa a ser a única plataforma autorizada a transmitir, nos Estados Unidos, todos os eventos oficiais da competição: treinos livres, sessões de qualificação, corridas e o Grande Prémio.
O anúncio foi feito através de um comunicado conjunto entre a Apple e a organização da Fórmula 1. O presidente executivo da F1, Stefano Domenicali, descreveu a parceria como “incrivelmente entusiasmante”, sublinhando o potencial da colaboração com uma das maiores empresas tecnológicas do mundo. “Esta é uma parceria incrivelmente entusiasmante tanto para a Fórmula 1 como para a Apple”, afirmou Domenicali, citado na mesma nota oficial.
O crescimento da popularidade da Fórmula 1 tem sido notório, sobretudo junto das camadas mais jovens e nas redes sociais. Entre 2018 e 2025, o número de seguidores da modalidade nestas plataformas aumentou de 18,7 milhões para mais de 107,6 milhões, refletindo um interesse crescente à escala global — e particularmente nos Estados Unidos, onde a competição tem vindo a conquistar novos públicos.
Este movimento da Apple insere-se numa tendência mais ampla de plataformas de streaming adquirirem direitos exclusivos de eventos desportivos de relevo, numa tentativa de atrair e fidelizar subscritores. Além disso, reforça a presença da empresa no universo do desporto, depois de outros investimentos no futebol e no basebol.
O acordo agora celebrado poderá também funcionar como catalisador para uma nova fase de mediatização da Fórmula 1 nos EUA, onde a modalidade procura consolidar a sua presença face a desportos mais tradicionais como o futebol americano, o basquetebol ou o basebol.
Com esta aquisição, a Apple junta-se ao restrito grupo de empresas tecnológicas que estão a redesenhar o panorama dos direitos desportivos à escala global, colocando-se na linha da frente da disputa pelo entretenimento desportivo do futuro.