Estes projectos são a maior ameaça ao Parque natural do Tejo Internacional, Zona de proteção especial para as Aves e Geoparque Naturtejo, assim como às espécies ameaçadas que justificaram a criação deste parque pelo que apelamos ao chumbo destes projectos em consulta pública pela autarquia de Idanha-a-Nova
Parque da Beira
Estão ameaçadas mais de 140 espécies de aves com este projecto! Algumas com as maiores populações de Portugal no Tejo Internacional como e o caso do Abutre preto e exclusivas como o caso do Cortiçol de Barriga Branca!
Foram estas espécies que levaram a classificação da zona de proteção especial para aves da Rede natura 2000 em 1999 e como parque Natural no ano 2000. Mais tarde em 2023 esteve em consulta publica o alargamento da ZPE, processo esse que ainda não foi concluído, e que agora se vê ameaçado por este projecto!
Espécies como o Abutre-preto (Aegypius monachus) e águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) com estatuto que “Criticamente em Perigo”; a águia-pesqueira (Pandion haliaetus), cuja população invernante se encontram classificadas como “Em Perigo”; o sisão (Tetrax tetrax), a cegonha-preta (Ciconia nigra) a Aguia de Bonelli , a Águia Real, entre muitas outras , podem desaparecer deste parque e inclusive extinguir-se do país , nomeadamente no caso do Cortiçol de barriga branca!!! Dado o Tejo Internacional ser a única zona do país onde esta espécie ocorre e numa população muito diminuta que não devera ultrapassar os 12 casais!
Habitats prioritários de conservação destruídos
O projeto prevê a instalação de 425600 módulos, que vão destruir 464 sobreiros e azinheiras sobreiros apenas na área de implementação da central sem contabilizar os milhares de árvores e arbustos dos 33 km de corredor da linha elétrica!
Serão sete os habitats prioritários de conservação destruídos por este projecto! Estes habitats da diretiva comunitária habitats, a qual Portugal esta obrigado a proteger, e que foram transpostos para o diretivo português pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril. Cerca de 8% da área da central esta ocupada por habitats de interesse comunitário, sendo que o habitat 6310 (Montados de Sobreiro e Azinheira) é o mais abundante ocupando cerca de 62ha da área; seguindo-se o habitat 5330 ocupando cerca de 20ha da área da central. No corredor da Linha elétrica (C1) prevê-se destruir mais 515ha de Montados ! Na área de estudo foram identificados sete habitats incluídos no Anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 49/2005, de 24 de fevereiro, nomeadamente:
• Habitat 5330 – Matos termomediterrânicos pré-desérticos;
• Habitat 6220* – Subestepes de gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea
• Habitat 6310 – Montados de Quercus spp. de folha perene;
• Habitat 9230 – Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica;
• Habitat 91E0* – Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae);
• Habitat 92A0 – Florestas-galeria de Salix alba e Populus alba;
• Habitat 9340 – Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia
Zonas de nidificação e alimentação de espécies em perigo ameaçadas pela Linha de Alta tensão
A área de estudo da central fotovoltaica sobrepõe-se com uma área muito crítica para aves estepárias e com uma área crítica para aves de rapina. Por sua vez, os corredores da linha elétrica sobrepõem-se com uma área crítica para aves de rapina e com outra muito crítica para outras aves (vale do rio Pônsul). Especificamente o corredor alternativo A sobrepõe-se ainda com uma área muito crítica para aves estepárias; com áreas crítica e muito crítica para outras aves, correspondente ao vale e envolvente do rio Tripeiro; bem como com uma área muito crítica para outras aves, correspondente ao vale do rio Ocreza.
A linha aérea de alta tensão prevista no projeto a 220 kV, com cerca de 33km vai provocar a morte de mais de 7mil aves selvagens por ano !!!!! (214 aves/km/ano) por ano em alguns estudos mais conservadores, mas que podem ser mais, devido os nevoeiros constantes no vale do Rio Ponsul.
Zonas de REN (Reserva Ecológica Nacional ) destruídas!
O projeto vai afetar 428 hectares de REN (Reserva Ecológica Nacional) nomeadamente de “Cursos de Água e respetivos Leitos e Margens” e “Zonas ameaçadas pelas Cheias” “Áreas de elevado risco de erosão hídrica do solo” “Áreas Estratégicas de Infiltração e de Proteção e Recarga de Aquíferos”. Em Castelo Branco poderão ser destruídos 3723ha de REN e em Idanha- a-Nova poderão ser destruídos 55 ha de REN !
Valor cénico e das propriedades afetados!
Este projeto vai ter um impacto muito significativo que vai provocar desvalorização das propriedades que serão atravessadas pela linha e perca de valor cénico e ecológico pela linha de muito alta tensão e pela central. Cerca de 1000ha de valor cénico serão afetados significativamente. Vários projetos de Turismo Rural serão também afetados.
O projeto está localizado na Área de alargamento da zona de expansão da ZPE
Todo o projeto se encontra dentro da área PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DOS LIMITES DA ZONA DE PROTEÇÃO ESPECIAL DO TEJO INTERNACIONAL, ERGES E PONSUL . Área de alargamento da zona de expansão da ZPE e Parque Natural terminou a consulta pública em 2023-06-30 e que misteriosamente ainda não foi concluído o processo e não foi publicado…Esta zona previa duplicar a zona de proteção destas espécies e este projeto pode por em causa a sua viabilidade de classificação!
Parque Solar Sophia
A Central Fotovoltaica, nomeadamente os setores mais a sul, coincidentes com os concelhos de Idanha-a-Nova e de Penamacor, sobrepõe-se ao Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO e violam o PDM de Idanha a Nova e à Paisagem Protegida Regional da Serra da Gardunha.
Projeto afeta área gigante de 190 Mil há, com os corredores de 44km das linhas e a áreas com os painéis
O projeto da Central Fotovoltaica, abrange 1026,93 ha de corredores ecológicos (nomeadamente de povoamentos de sobreiros e/ou azinheiras) e Insere-se em áreas Florestais SensÌveis segundo o PROF e PDM.
Corredores ecológicos destruídos
O projeto sobrepõe-se a 1016ha de corredores ecológicos , na sua maioria linhas de água.
REN destruída
O projecto prevê destruir 445ha de REN (Reserva Ecológica Nacional) na zona da central e mais
1001ha nos 44 km dos corredores das linhas de muito alta tensão a 400kv.
Valor cénico e das propriedades afetados!
Este projeto vai ter um impacto muito significativo que vai provocar desvalorização de centenas de propriedades que serão atravessadas pelas duas linha e perca de valor cénico e ecológico pelas linhas de muito alta tensão e pelas áreas dispersas dos painéis. Cerca de 190 Mil ha serão afetados significativamente. Vários projetos de Turismo Rural serão também afetados como dezenas de explorações agrícolas e florestais.
Turismo , Pastorícia, Agricultura, Caça e Apicultura afetadas
A atividade agrícolas e florestais serão seriamente afetadas dada a magnitude de mais de 190 mil ha afetados com a destruição total ou parcial de áreas e habitats
Saúde das populações afetadas
A Saúde das populações. O EIA em análise não avalia os impactos na saúde das populações.
Zonas de nidificação e alimentação de espécies em perigo ameaçadas pela Linha de Alta tensão
O projeto vai afectas mais de 140 espécies de aves e varias dezenas em perigo como a Aguia Imperial Ibéria ,o Abutre preto, a Cegonha preta entre outras com destruição de habitat de nidificação e alimentação assim como a mortalidade por colisão com as linhas elétricas de MAT.As duas linhas elétricas de muito alta tensão de 400 kV, numa extensão aproximada de 22 km o que perfaz 44km , vão provocar a morte de mais de 9400 aves selvagens por ano !!!!! (214 aves/km/ano) por ano em alguns estudos mais conservadores, mas que podem ser mais dada as condições de nevoeiros frequentes.
Município de Idanha pode parar os Projetos!
O PDM de Idanha-a-Nova permite a instalação ́ de infraestruturas e edifícios conexos destinadas ao aproveitamento de energias renováveis, desde que a Câmara Municipal reconheça que tal não acarreta prejuízos inaceitáveis para o ordenamento e desenvolvimento local, após ponderação dos seus eventuais efeitos negativos nos usos dominantes e na qualidade ambiental, paisagística e funcional das ·áreas afetadas.
Plataforma de defesa do Parque Natural
A plataforma de defesa do Parque Natural do Tejo Internacional contra o Parque Solar da Beira é uma plataforma cívica de defesa do parque natural constituída por cidadãos, entidades e associações nacionais e estrangeiras constituída para travar este mega projecto. A plataforma tem apelado a participação na consulta pública que termina dia 9 de Outubro e já conta com centenas de reclamações. A plataforma vai recorrer a todos os meios incluídos os legais com queixas nos tribunais e na comissão europeia.








