O Movimento Cívico Gardunha Sul convocou uma manifestação pública contra o Projeto Sophia, marcada para o dia 3 de novembro, pelas 15h00, em frente ao CAET – Centro de Acolhimento de Empresas Tecnológicas do Fundão. A concentração dos manifestantes terá início às 14h30, em frente à Câmara Municipal do Fundão, seguindo-se uma marcha até ao local do protesto.
Esta ação pretende dar voz às populações afetadas pela construção da Central Fotovoltaica Sophia, que abrange os concelhos do Fundão, Penamacor e Idanha-a-Nova, e exigir maior transparência, participação pública e respeito pelos direitos das comunidades locais.
De acordo com o Movimento Gardunha Sul, o processo de consulta pública decorre de forma apressada e pouco acessível, impedindo os cidadãos de compreenderem na totalidade o projeto e os seus reais impactos ambientais, sociais e económicos. “O acesso à informação não está a ser democrático. Os cidadãos têm o direito de conhecer o projeto e de participar de forma informada nas decisões que afetarão o seu território”, refere o movimento em comunicado.
Principais exigências do Movimento Gardunha Sul
Suspensão imediata do processo de consulta pública até que sejam garantidas condições de transparência e acesso pleno à informação, seguida de prolongamento do prazo de participação pública.
Realização de sessões públicas de esclarecimento nas localidades mais afetadas, com a presença da empresa promotora e especialistas independentes capazes de avaliar de forma imparcial os impactos do projeto.
Disponibilização de informações claras e compreensíveis sobre a localização exata da central e descrição detalhada dos impactos ambientais e sociais em cada zona abrangida — e não de forma genérica, como apresentada no atual Estudo de Impacto Ambiental.
Elaboração de um estudo independente, conduzido por uma ou mais organizações sem ligação à empresa promotora, para avaliar os impactos totais do Projeto Sophia.
Revisão da dimensão e localização do projeto, com o objetivo de reduzir impactos negativos sobre o ambiente, a paisagem e a qualidade de vida das populações.
Intervenção imediata das Câmaras Municipais do Fundão, Penamacor e Idanha-a-Nova, exigindo que apoiem os munícipes e cooperem ativamente na concretização destas condições.
O Movimento Gardunha Sul sublinha que não é contra as energias renováveis, mas defende uma transição energética justa, equilibrada e transparente, que respeite o território e os seus habitantes. “A energia solar é essencial para o futuro, mas não à custa das comunidades locais e da destruição de ecossistemas únicos”, alerta o movimento.
Com esta manifestação, as populações do interior pretendem fazer ouvir a sua voz e exigir um debate público verdadeiro sobre o futuro energético da região.
O Gardunha Sul deixa um apelo à participação de todos os cidadãos e associações preocupados com o respeito pela democracia, pela justiça ambiental e pela coesão territorial.








