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Aberto concurso internacional para a requalificação do Teatro de São Carlos

O concurso internacional para a empreitada de conservação e restauro, requalificação e modernização do Teatro de São Carlos, em Lisboa, no valor de 22 milhões de euros, foi aberto na passada segunda-feira. A empreitada de restauro pretende “devolver magnificência ao histórico e raro Teatro Nacional de São Carlos” – inaugurado em 30 de junho de 1793.

O concurso internacional para a empreitada de conservação e restauro, requalificação e modernização do Teatro de São Carlos, no valor de 22 milhões de euros, foi aberto na passada segunda-feira, anunciou o Organismo de Produção Artística (OPArt).

A empreitada é realizada no âmbito do investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro. Os candidatos devem apresentar propostas até 3 de abril próximo na plataforma Vortal.

Este concurso completa os anteriores quatro internacionais, lançados nos últimos três meses e já terminados, refere o OPArt, que tutela o teatro lírico lisboeta.

As empresas já selecionadas “irão iniciar nas próximas semanas os diferentes trabalhos do projeto de intervenção na componente de conservação e restauro”.

As áreas de atuação são quatro: projeto de conservação e restauro da sala principal, no valor de 800.000 euros, a iniciar “em meados deste mês”, o projeto de conservação e restauro e de reconversão dos lustres e apliques históricos para tecnologia LED, no valor de 550.000 euros, a iniciar também este mês.

Uma terceira área é a conservação e restauro de todo o mobiliário de assento do teatro (cadeiral da plateia, cadeiras de camarotes, canapés, bancos e banquetas das zonas públicas), no valor de 500.000 euros e que se inicia no próximo dia 10, e, finalmente, o de conservação, restauro e reprodução dos tapetes da Manufatura de Beiriz, que preenchem toda a zona pública, no valor de 269.025 euros, e que foi iniciado em dezembro passado.

O OPArt afirma que os objetivos desta intervenção são “a rigorosa conservação e restauro de património nacional, a modernização dos equipamentos técnicos e da mecânica de cena, na sua maioria obsoletos e descontinuados, a melhoria do desempenho energético dos edifícios, novos sistemas de segurança e de acessibilidades, a melhoria das condições de trabalho [e] novas funcionalidades dos espaços e mais conforto e bem-estar para o público”.

O OPArt pretende, assim, “devolver magnificência ao histórico e raro Teatro Nacional de São Carlos (inaugurado em 30 de junho de 1793) dotando-o de uma sala de espetáculos conservada e restaurada, criar condições para maior capacidade de produção e de preparação artística, adaptando o teatro às exigências cénicas do século XXI e com capacidade para gerar uma nova dinâmica cultural: mais coproduções internacionais e mais espetáculos líricos e sinfónicos”.

Reconhecendo que o “PRR representa a maior oportunidade para a revitalização e modernização do Teatro”, esta empreitada de renovação e conservação está orçada em 32.766.549 euros, e promete

“uma responsabilidade de gestão rigorosa e de forte controlo de prazos e metas acordadas até junho de 2026”.

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