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AÇORES: Venda da Azores Airlines será “o fim do grupo SATA” e prejudicial para trabalhadores, alerta SITAVA

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) reafirma, em comunicado, que a venda da SATA Internacional – Azores Airlines representa um “grave erro” e será “nefasto para os trabalhadores” da companhia, assim como para os Açores e para todos os açorianos.

De acordo com o sindicato, o processo de privatização da empresa não só coloca em risco os postos de trabalho como também irá prejudicar o futuro do grupo SATA, um dos principais motores da aviação regional. O SITAVA afirma que “serão os trabalhadores da SATA e todos os açorianos a pagar a dívida acumulada pela companhia, resultado da gestão das sucessivas administrações e das intervenções dos diversos Governos Regionais”.

A tomada de posição surge após o Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) ter decidido avançar com a privatização, considerando que estão reunidas as condições para continuar o processo. O vice-presidente do governo, Artur Lima, confirmou que o consórcio New Tour/MS Aviation (NT/MS), concorrente no processo de venda, anunciou um aumento financeiro da proposta, elevando o valor global para 15,2 milhões de euros. Este consórcio comprometeu-se também a reforçar a capacidade financeira da SATA Internacional.

Em resposta, o SITAVA critica a gestão do processo e exige uma postura mais responsável por parte do governo açoriano. O sindicato salienta que o futuro da companhia aérea não pode ser deixado nas mãos de um consórcio cujas intenções são “incertas”, sublinhando que a atual administração da SATA se remete ao silêncio, deixando os trabalhadores numa posição de grande incerteza.

O consórcio NT/MS, por sua vez, mostrou-se otimista, garantindo que está “totalmente empenhado” em assegurar o sucesso da operação e em responder às dificuldades financeiras que a Azores Airlines enfrenta. O consórcio inclui agora dois novos membros, Carlos Tavares e Paulo Pereira, dois gestores com vasta experiência, e prometem reforçar a estratégia da empresa, valorizando o seu potencial estratégico.

O processo de privatização da Azores Airlines está a decorrer após a Comissão Europeia ter aprovado, em 2022, uma ajuda estatal de 453,25 milhões de euros para reestruturar a companhia. Uma das medidas previstas neste apoio inclui a venda da participação maioritária da SATA Internacional (51%).

Para o SITAVA, este é mais um passo para a privatização da empresa e uma ameaça ao futuro da aviação na região, ao mesmo tempo que compromete os interesses dos trabalhadores e da comunidade açoriana. O sindicato apela ao Governo Regional para que reconsidere a privatização e defenda os direitos dos trabalhadores e o serviço público prestado pela empresa.

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