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Agosto negro para cinemas portugueses: perdas de 40% em público e bilheteira

As salas de cinema em Portugal sofreram uma queda acentuada no número de espectadores e nas receitas durante o mês de agosto, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). O setor registou uma redução de 41,7% no público face ao mesmo mês de 2024, com as receitas a caírem quase 40%, totalizando apenas 6,24 milhões de euros.

Em agosto, os cinemas portugueses atraíram 962,6 mil espectadores, valor muito inferior aos 1,65 milhões registados em agosto do ano passado. Esta perda de mais de meio milhão de espectadores traduz-se numa quebra significativa para a indústria cinematográfica nacional. Em termos financeiros, as receitas de bilheteira desceram de 10,4 milhões de euros para 6,24 milhões, uma redução de 39,9%.

Os dados acumulados do ano indicam também um cenário preocupante. Comparativamente a 2024, o número total de espectadores diminuiu 6,1%, enquanto as receitas caíram 2,9%. Este declínio segue-se a uma tendência iniciada em julho, mês que já tinha apresentado quebras superiores a 35% em público e mais de 31% em receitas.

Apesar destas quedas nos últimos meses, o balanço dos primeiros sete meses do ano ainda registava uma ligeira subida em relação ao ano anterior, com um aumento de 2,8% no número de espectadores e 6,7% nas receitas. Este dado demonstra que a crise nos cinemas se agravou de forma recente.

No que toca ao perfil dos filmes mais vistos, as produções norte-americanas continuam a dominar. “Os Mauzões 2”, de Pierre Perifel, lidera o ranking de agosto, tendo mobilizado cerca de 137 mil espectadores desde a sua estreia a 31 de julho. No conjunto do ano, “Lilo e Stitch”, de Dean Fleischer Camp, mantém-se como o filme com maior audiência, reunindo 660 mil espectadores desde maio.

Entre os títulos portugueses, destaca-se “O Pátio da Saudade”, de Leonel Vieira, que estreou a 14 de agosto e já soma perto de 55 mil espectadores, tornando-se o filme nacional mais visto do ano. Por sua vez, “On Falling”, de Laura Carreira, caiu para a segunda posição, com 13 mil espectadores desde março.

O setor cinematográfico nacional enfrenta agora o desafio de inverter esta tendência negativa, procurando atrair de novo os espectadores e recuperar as receitas perdidas num mercado cada vez mais competitivo.

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