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António Costa Aclamado como “Guardião da Unidade Europeia” pelo Presidente Cessante do Conselho Europeu

Em conferência de imprensa realizada em Budapeste, após a última reunião informal do Conselho Europeu que presidiu, Charles Michel expressou plena confiança na liderança de António Costa, o antigo primeiro-ministro português que o sucederá no cargo a partir de dezembro. Michel, que termina o mandato no final de novembro, sublinhou a importância de assegurar a unidade entre os 27 Estados-membros, considerando a atual conjuntura geopolítica e económica desafiante.

“Confio que António Costa – com a sua experiência e conhecimento profundo dos seus pares – desempenhará um papel decisivo em garantir que o Conselho Europeu se mantenha o guardião da unidade europeia”, afirmou Michel. Enfatizando a importância de um esforço contínuo para manter a coesão, o líder belga lembrou que “a unidade nunca é um dado adquirido”, exigindo, segundo ele, “esforço, confiança e respeito mútuo”.

Durante a sua última cimeira europeia em Budapeste, cidade anfitriã sob a presidência rotativa húngara do Conselho da UE, Michel reforçou a urgência de fortalecer a autonomia estratégica e competitividade da União Europeia. O atual presidente lembrou que a União enfrenta, atualmente, pressões sem precedentes no sistema multilateral e na ordem global baseada em regras, devido a conflitos e tensões crescentes, incluindo nas suas proximidades.

A experiência de António Costa, que liderou o governo português e representou o país no Conselho Europeu por oito anos, foi destacada como uma vantagem importante. Após a sua eleição em junho para um mandato de dois anos e meio, Costa iniciou um roteiro diplomático pelas capitais da União Europeia, reunindo-se com chefes de Estado e de Governo para aprofundar o entendimento sobre as suas perspetivas e prioridades. Esta tour europeia começou em julho, em Roma, num encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a única líder que se opôs à sua nomeação. O périplo incluiu encontros com líderes da Hungria, Polónia e dos países nórdicos, e culminará na próxima semana com uma reunião com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

Costa tornar-se-á o primeiro português e o primeiro socialista a liderar o Conselho Europeu, sucedendo ao liberal Charles Michel, que ocupou o cargo desde 2019, num período marcado por eventos como a saída do Reino Unido da União Europeia, a pandemia de covid-19, a invasão russa da Ucrânia e, mais recentemente, o agravamento das tensões no Médio Oriente.

Durante o encontro de Budapeste, onde esteve também presente o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, os líderes europeus aprovaram a Declaração de Budapeste. Este documento destaca a necessidade de “investimentos significativos” no setor da defesa, promovendo uma mobilização de financiamento público e privado para reforçar a segurança e a estabilidade europeias.

António Costa assume a presidência do Conselho Europeu a partir de 1 de dezembro de 2024, com um compromisso declarado de fortalecer a unidade e promover consensos entre os Estados-membros em tempos de crise e transição global.

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