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Ataques Israelitas Deslocam 125 Mil Pessoas em Gaza e Aumentam Tensões no Território

A escalada do conflito na Faixa de Gaza, desencadeada pela retoma das operações militares de Israel, resultou em mais de 125 mil deslocados, anunciou ontem a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA). Desde que o cessar-fogo foi quebrado na terça-feira, o número de pessoas afetadas pelo aumento dos ataques israelitas e as ordens de evacuação disparou. O diretor de operações da UNRWA na região, Sam Rose, relatou à agência EFE que a movimentação de pessoas tem ocorrido em diversas zonas, incluindo o norte e o leste do território, com destaque para as cidades de Beit Hanoun, Beit Lahia, e Khan Yunis.

As ordens de evacuação emitidas pelo Exército de Israel incluem a retirada das zonas orientais de Khan Yunis e de Beni Suheila, no sul da Faixa de Gaza, com a população a ser deslocada para áreas mais próximas da costa. No norte, os habitantes de Beit Hanoun e Beit Lahia também receberam ordens de evacuação, sendo redirecionados para outras áreas da região costeira. As zonas evacuadas, que antes estavam dentro da “zona tampão” controlada por Israel, têm sido alvos constantes de bombardeamentos aéreos, com o tráfico de pessoas a aumentar consideravelmente na estrada costeira que atravessa o enclave.

Os ataques israelitas, que começaram na semana passada, marcam o fim de um período de cessar-fogo iniciado em 19 de novembro de 2024, após mais de 15 meses de intensos confrontos. As hostilidades retomaram-se no contexto de um impasse nas negociações entre Israel e o grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Os recentes ataques israelitas causaram a morte de pelo menos 634 pessoas, com mais de 1.100 feridos, segundo dados das autoridades locais controladas pelo Hamas. A população palestiniana continua a enfrentar uma grave crise humanitária, com os números de mortos a somar-se aos milhões de deslocados.

O governo israelita, sob liderança do ministro da Defesa Israel Katz, anunciou a intensificação dos ataques e a tomada de novos territórios na Faixa de Gaza. Segundo Katz, o objetivo é expandir as zonas de segurança sob controlo israelita e proteger as comunidades israelitas, ao mesmo tempo que se intensificam as operações militares até que todos os reféns mantidos pelo Hamas sejam libertados. O Hamas, responsável pelo ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelitas e no sequestro de 251 reféns, continua a ser o principal alvo das operações israelitas.

Com a população de Gaza praticamente toda deslocada, a crise humanitária tende a agravar-se, já que muitas das zonas agora ocupadas pelo Exército israelita, incluindo o sul da faixa, são áreas densamente povoadas. As operações militares israelitas, que incluem ataques aéreos, marítimos e terrestres, têm aumentado as tensões na região, deixando a situação ainda mais volátil e imprevisível. O cenário de destruição no enclave palestiniano continua a se agravar, com as autoridades locais a relatando que a maior parte da infraestrutura e das habitações foi destruída durante os meses de ofensiva militar.

A comunidade internacional, incluindo a ONU, tem apelado por um cessar-fogo duradouro, mas, até ao momento, não se vislumbra qualquer acordo entre as partes em conflito. A situação continua a ser um dos maiores desafios de segurança e estabilidade para o Oriente Médio, com um número crescente de civis palestinianos a pagar o preço das hostilidades.

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