Um ataque com explosivos a uma comitiva diplomática no Paquistão, que incluía o embaixador de Portugal, resultou na morte de um polícia e feriu quatro pessoas. O incidente ocorreu este domingo, na região de Malam Jabba, no vale do Swat, uma zona próxima à fronteira com o Afeganistão. Entre os diplomatas visados encontravam-se também representantes de outros países, como Indonésia, Irão, Rússia, Ruanda e Zimbabué. O embaixador português, Frederico Silva, que saiu ileso, declarou que não há dúvidas de que o ataque foi de natureza terrorista.
A comitiva de 12 diplomatas e diretores de empresas participava num evento de promoção turística organizado pelas Câmaras de Comércio de Islamabad e Swat. Segundo Silva, tudo decorreu normalmente até ao final do seminário, quando, já de regresso ao hotel, a coluna de veículos foi atingida por uma explosão numa estrada de montanha. O impacto foi imediato, forçando os diplomatas a inverterem a marcha e a deixarem o local rapidamente.
Frederico Silva revelou que, apesar de a explosão ter ocorrido numa zona considerada segura e sem histórico de atentados, foi clara e visível. A viatura à frente do comboio foi diretamente atingida, causando a morte de um agente policial que fazia parte da escolta.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou de imediato a sua solidariedade com o embaixador português e condenou o incidente. Em nota oficial, lamentou a morte do polícia e assegurou que já falou com o diplomata português para confirmar que se encontra bem. O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) também se pronunciou, condenando veementemente o ataque e apresentando as suas condolências às autoridades paquistanesas.
Este atentado vem sublinhar a instabilidade persistente em algumas regiões do Paquistão, ainda que a zona atingida fosse até então considerada de grande vocação turística e segura. As autoridades locais prometeram reforçar a investigação para identificar os responsáveis por este ataque terrorista.