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Beijo Roubado dá Cadeia

Há um pobre homem, careca, que teve tanta dopamina e adrenalina na carcaça que, quando se viu campeão mundial do futebol, pôs-se logo a beijar toda a gente e, a uma das jogadoras, a capitã, até a puxou para um chocho mal-amanhado.

Beijo roubado dá cadeia
DR

Assim que o deu, ficou um bocado envergonhado (sim, somos pior que o VAR, fomos ver imagem a imagem), mas, quando olhou para a gaiata, ela ia-se a rir. Lá deve ter o excitadinho pensado: “Safa, podia ter levado aqui um estalo e não levei…”.

O que este homem fez, justifica qualquer psicólogo de pacotilha. “Roubar um beijo” nunca foi crime, nem sequer aquela coisa de que vai acusado o careca: agressão sexual.

A sociedade está um bocadinho melindrada com os costumes e baralha-se toda. Uma pessoa não é “violada” quando lhe roubam um beijo. Uma pessoa violada não se ri, nem vai rir-se durante muitos anos. E, mesmo se bem acompanhada, a lembrança nunca sairá, as noites serão muitas delas a ruminar passado, o ódio e a sensação de sujidade que não passam.

A Jennifer dos golos, a tal jogadora, ria-se perdidamente dez minutos depois – e enquanto emborcava champanhe ou espumante daquele barato das casas de meninas, olhava para o telemóvel, rodeada das colegas jogadoras aos gritinhos, ao ver-se beijada num filme que passava já a ser ‘viral’, seja lá o que isso quer dizer.

Depois… depois foi o caos. O careca, descobri, afinal era presidente da federação da bola lá dos castelhanos. O homem pediu desculpa do entusiasmo e do beijo, mas não pensava que uma palermice no meio da euforia (quem nunca?) desse em demissão. Ela, no dia “claro e limpo” do caso, disse que não tinha gostado e que estava tudo ok…

Mas as velhas solteiras, os indignados profissionais, os censores moralistas que crescem como os sonsos, atrás das pedras, sem saberem distinguir o “roubar um beijo” de uma “agressão sexual”, vão conseguir dar cabo da vida dele e dela, também. Já não ficam para a história como campeões mundiais. Ficam como protagonistas de um chocho. O que seria bonito, não fosse a crueldade, a vileza, a falta de bom senso e a agressividade com que tudo isto se vestiu.

Ao Rubiales e à Jennifer ponha deus a mão por baixo. Que todos os que estavam à volta eram, afinal, uns hipócritas sem lei.

Viva o beijo roubado. Abaixo as e os histerismos.

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Joao Vasco Almeida
Joao Vasco Almeida
Editor Executivo. Jornalista 2554, autor de obras de ficção e humor, radialista, compositor, ‘blogger’,' vlogger' e produtor. Agricultor devido às sobreirinhas.

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